O impacto da realigiosidade e espiritualidade no contexto de saúde de médicos residentes.

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: DIAS, Alzira Maria Cussi Brasileiro
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro; Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde; Brasil; UFTM; Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
• Palavras-chave em Português: Espiritualidade.; Religiosidade.; Saúde.; Médicos residentes.; Spirituality.; Religiosity.; Health.; Resident physicians.; CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
• Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1634

INTRODUÇÃO: O médico residente, inserido em um ambiente de luta pela vida, enfrenta a frustação de não estar imune à dor, ao sofrimento e à morte. A busca da Religiosidade/Espiritualidade entre as suas necessidades pessoais predispõe a uma melhor qualidade de vida e bem-estar, para exercer suas atividades de forma consciente e humanizada. OBJETIVOS: Os objetivos da pesquisa são conhecer e analisar o perfil de Religiosidade e Espiritualidade de médicos residentes e o papel da Religiosidade e Espiritualidade na sua qualidade de vida e bem-estar. MÉTODOS: A verificação se deu através de um estudo descritivo de abordagem quantitativa de caráter transversal. Os dados foram obtidos através dos questionários e instrumentos autoaplicáveis: “Questionário Sociodemográfico; Percepção sobre Religiosidade/Espiritualidade; BMMRS (Brief Multidimensional Measure of Religiousness/Spirituality); EBES (Escala de Bem-estar Subjetivo), WHOQOL-Bref (Whoqol Health Organization Quality of Life). MBI (Maslach Burnout Inventory). Os dados obtidos foram analisados com o auxílio do Software Statiscal Packge for the Social Sciences (SPSS) versão 23 para Windows®. Participaram da pesquisa 51 médicos residentes, com perfil sociodemográfico: 74,5% do sexo feminino, 70,6% com idade entre 26 a 30 anos, 74,5% brancos e 64,7% católicos. Sobre a percepção de Espiritualidade e Religiosidade, 100% referiram sua importância em suas vidas particulares. RESULTADO: Diante do Perfil Religioso e BMMRS verificou-se que R/E pode agir como equilíbrio, proteção à saúde mental e física, com poucas práticas religiosas e maior índice na R/E intrínseca principalmente no sexo feminino. Na escala EBES obteve maior escore no afeto positivo e satisfação com a vida no sexo feminino e menor no sexo masculino. No instrumento Whoqol-bref apresentou-se boa percepção da qualidade de vida e regular em alguns domínios como satisfação com a saúde, física e psicológica, das relações sociais e ambientais. Na avaliação do inventário de síndrome de burnout, identificou-se nível moderado em exaustão emocional, nível alto em baixa realização emocional, nível baixo de despersonalização sendo essa variável menor no sexo feminino. CONCLUSÃO: Observou-se o quanto a R/E é considerada um recurso psicossocial de prevenção e promoção de saúde mental e física no enfrentamento e adaptações diante de situações estressantes no âmbito profissional do médico residente, verificando que quanto maior a R/E melhor satisfação com a saúde mental e qualidade de vida com menores índices de síndrome de burnout. Diante dos resultados obtidos com essa pesquisa verificou-se a necessidade de um conhecimento maior sobre as dimensões R/E na formação teórica dos médicos residentes e principalmente na prática clínica, despertando um olhar mais humanizado e diferenciado para si mesmo e aos pacientes.