Análise da resposta imune celular e humoral em profissionais de saúde envolvidos no enfrentamento da COVID-19 no município de Uberaba-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: BORGES, Anna Victória Bernardes e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Infectologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1804
Resumo: O SARS-CoV-2, agente etiológico da COVID-19, é da família dos coronavírus e especializaram-se para infectar humanos, burlando as defesas imunes do hospedeiro. A interação entre as proteínas do vírus e do hospedeiro faz com que se desenvolva a resposta imune celular e humoral. A imunidade celular contra o SARS-CoV-2 é caracterizada pela produção de citocinas, como IFN-γ, TNF-α, IL-6 e IL-10, e à morte de células infectadas. Já a imunidade humoral é determinada pela diferenciação dos plasmócitos, produzindo e secretando anticorpos específicos para controlar a replicação viral. Entre os grupos mais expostos ao contágio pelo vírus causador da COVID-19 estão os profissionais da saúde e pesquisadores. Por isso, nosso objetivo é dosar anticorpos anti-SARS-CoV-2 e citocinas para auxiliar na determinação de profissionais infectados assintomáticos, ser úteis no prognóstico e indicar repercussões sobre a imunidade. Foram coletados dados ocupacionais e de pré-exposição à COVID-19/vacinação e amostras de sangue de 267 profissionais em dois hospitais da cidade de Uberaba/MG, em dois momentos, com intervalo de 6 a 8 meses. Foram realizados ELISA para quantificação de anticorpos anti-SARS-CoV-2 baseados na proteína N e suas subclasses, além de citocinas. Onde 98 (36,7%) dos profissionais apresentaram IgG anti-SARS-CoV-2, indicando a COVID-19 prévia. Profissionais que desenvolviam atividades assistenciais tiveram maior nível de IgG em relação às atividades administrativas, devido ao possível contato com pacientes infectados. Houve queda de IgG e suas subclasses (IgG1 e IgG3) entre as coletas e em relação à positividade da sorologia de anticorpos anti-SARS-CoV-2, além de correlação negativa entre tempo e concentração de IgG. Foi visto aumento progressivo de IgG entre a administração de nenhuma e duas doses de vacinas e ao relacionar com a positividade ou não da sorologia de anticorpos anti-SARS-CoV-2. Houve diminuição de IFN-γ e IL-10 entre coletas. Nossos dados apontam significante índice de prevalência de anticorpos anti-SARS-CoV-2 em profissionais da saúde. Conseguimos identificar um padrão da resposta imune humoral e celular, porém ainda são necessários mais estudos para compreender melhor esse padrão.