Segurança do paciente idoso em Unidade de Terapia Intensiva: incidentes de segurança e fatores associados
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1670 |
Resumo: | A segurança do paciente idoso em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) merece atenção especial em razão da frequência de incidentes de segurança (IS) nessa população e nesse ambiente. Objetivou-se caracterizar os idosos segundo variáveis demográficas e clínicas; determinar a frequência geral e estratificada de IS sem dano (ISD) e de eventos adversos (EA) entre as admissões de idosos; analisar a influência de variáveis demográficas e clínicas sobre a frequência geral e estratificada de ISD e de EA; e, analisar a influência de EA gerais e estratificados sobre a ocorrência de óbito, ajustados para sexo, grupo etário, tempo de internação, motivo de internação, Simplified Acute Physiology Score II (SAPSII) e Charlson Comorbidity Index (CCI). Estudo retrospectivo e quantitativo. Foram analisadas 112 admissões de idosos no período de janeiro a dezembro de 2015 em uma UTI adulto (UTI-A) de um hospital público de um município do interior de Minas Gerais. Foram considerados os IS conforme a Classificação Internacional de Segurança do Paciente. Para a coleta dos dados, realizada de janeiro a junho de 2015, utilizaram-se instrumentos de caracterização, de IS, de parâmetros de gravidade e de dispositivos e procedimentos invasivos, SAPSII e CCI. Os dados foram digitados em dupla entrada e procedeu-se a consistência entre os dois bancos de dados; quando necessário realizou-se a correção com a entrevista original. Utilizou-se o Statistical Package for Social Sciences versão 21 para as análises descritiva, o teste Mann-Whtiney, a correlação de Pearson, a regressão linear múltipla e regressão logística múltipla binomial ajustada para as variáveis potenciais confundidoras. Para todos os testes foi considerado um nível de significância de 5% (p<0,05). O projeto desta pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos, da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, parecer nº 1.537.354. Predominou o sexo masculino (52,8%), a idade média foi de 71,94 anos e a mediana do tempo de internação de quatro dias. A maioria dos idosos apresentava uma ou mais comorbidades (84,8%), a média do SAPS II foi de 54,78 ± 18,29 pontos e a alta predominou como desfecho principal da internação (55,4%). Do total de 12.343 IS, 97,28% foram ISD e 2,72% foram EA. Prevaleceu o tipo de ISD de documentação (DOC) (88,06%), de processo/procedimento clínico (PROC) (4,99%), de sangue/hemoderivados (HEMO) (1,84%), de comportamento (COMPORT) (1,69%), de dispositivos/equipamentos médicos (DISP) (1,60%), medicamentos/fluidos IV (MED) (0,84%), dieta/alimentação (DIETA) (0,77%) e de administração clínica (ADM) (0,20%). Prevaleceu EA de PROC (77,39%), de infecções relacionadas à assistência (IRAS) (19,34%), de ADM (2,08%) e de MED (1,19%). Todas as admissões tiveram pelo menos quatro IS, sendo que 100% apresentaram ISD de DOC e todos aqueles que receberam transfusão de hemoderivados tiveram ISD de HEMO. Em seguida, os maiores percentuais de admissões que tiveram ISD foram por DISP (61,6%), COMPORT (45,5%), de DIETA (40,2%), MED (32,1%) e ADM (18,2%). Em relação aos EA, a maioria das admissões teve pelo menos um; predominando o tipo PROC (51,78%), seguido de IRAS (42,85%), ADM (9,33%) e MED (2,57%). O tempo de internação na UTI-A influenciou o aumento da frequência de todos os tipos de ISD (p≤0,005), assim como os tipos de EA geral (p≤0,001), de PROC (p≤0,001) e de IRAS (p≤0,001). O sexo feminino associou-se ao aumento de ISD de DIETA (p=0,041) e de EA de ADM (p=0,035). O menor índice de comorbidades de Charlson influenciou o aumento de ISD de MED IV(p=0,026) e de DIETA (p=0,019). O motivo de internação clínico influenciou o aumento de ISD de COMPORT (p=0,019) e o motivo de internação cirúrgico influenciou o aumento de EA de IRAS (p=0,006). Nenhum dos EA analisados foi preditor do óbito. |