Avaliação do perfil e da relevância da religiosidade e espiritualidade no enfrentamento e controle metabólico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: MESQUITA, Izabelle Mara Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/721
Resumo: INTRODUÇÃO: A Religiosidade e a espiritualidade (R/E) são importantes para os pacientes com DM2, pois auxilia na adesão ao tratamento, diminuição da mortalidade e morbidade dos pacientes com DM. Com o impacto do diagnóstico de diabetes, ou pela progressão da doença, existem pessoas que iniciam alguns sintomas de depressão, ansiedade e estresse. Assim, a utilização de práticas religiosas e crenças, auxiliam a lidar com situações estressantes levando ao enfrentamento da doença. OBJETIVO: Realizou-se o presente trabalho com o objetivo de identificar o perfil e a relevância da R/E em pacientes adultos, com DM2, e sua utilização no enfrentamento e controle metabólico. MÉTODOS: Estudo descritivo transversal, com abordagem quantitativa, desenvolvido no ambulatório de Diabetes do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), sob responsabilidade da Disciplina de Endocrinologia e Metabologia. Os instrumentos utilizados foram a ficha de identificação; ficha de exames laboratoriais, referentes ao controle metabólico; questionário de classificação socioeconômica; Índice de Religiosidade da Universidade de DUKE (Durel); Escala de Coping Religioso/Espiritual- Abreviada (CRE- breve) e Escala de Estresse, Ansiedade e Depressão (DASS-21). A análise dos dados foi realizada pelo software SPSS, versão 21.0. Foram realizadas as análises estatísticas descritivas e as variáveis categóricas foram avaliadas pelo Teste Qui-quadrado. O Teste t de Student foi empregado para os grupos independentes ou ANOVA seguido do Teste de Tukey de comparações múltiplas para 2 ou mais grupos independentes. Para correlação das variáveis, foi empregado o Teste de Correlação de Pearson. O nível de significância adotado para todos os testes foi de 5% (p ≤ 0,05) ou entre 5 e 6% (borderline- 0,05 <p<0,06). RESULTADOS: Foram avaliados 124 pacientes com DM2, com idade média de 61 a 83 anos, havendo predomínio do sexo feminino 70,20% (n=87), comtempo de diagnóstico ≥ 10 anos em 54% (n=67). Ao mensurar a R/E, observou-se que os pacientes apresentaram elevados índices de religiosidade organizacional (RO) (4,31 ± 1,43), religiosidade não organizacional (RNO) (4,68 ± 1,22), bem como religiosidade intrínseca (RI) (13,90 ± 1,94). A utilização do CRE total (CRET) (3,67 ± 0,36), CRE positivo (CREP) (3,54 ± 0,55) foi elevada e os escores de utilização de CRE negativo (CREN) foram baixos (2,20 ± 0,71). Ao se avaliar as médias de controle glicêmico, a maioria dos pacientes se encontrava com perfil glicêmico inadequado e, em relação às médias de controle lipídico, os pacientes se encontravam dentro dos padrões adequados, segundo metas de tratamento. Os escores de depressão foram classificados como depressão grave em 50,8% dos pacientes com DM2. Os sintomas de ansiedade, classificados como grave, estavam presentes em 44,4% dos diabéticos e o estresse classificados como grave em 61,3% desses indivíduos. Verificou-se associação positiva de RO nas concentrações de triglicérides, enquanto que a RNO apresentou associação positiva nas concentrações de HDL-c. No entanto, a RI mais do que R/E auxilia no controle glicêmico de prazos intermediários e a variável frutosamina é mais sensível em detectar associação com escores de RI. No que se refere ao grupo CREP altoaltíssimo, apresentaram-se médias de HDL-c significativamente maiores. Em relação a depressão, estresse e ansiedade, percebeu-se que a variabilidade glicêmica (∆HbA1c), a longo prazo, pode acentuar esses sintomas. CONCLUSÃO: Observouse a relevância da R/E e o seu importante papel no enfrentamento do DM2. Verificou-se que os participantes possuem alta R/E e que essa R/E foi utilizada de forma positiva pelos indivíduos, na busca de apoio para lidar com a doença, reforçando o papel do CRE positivo.