Desempenho funcional de crianças durante e após o tratamento oncológico e a qualidade de vida de seus cuidadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SILVA, Nathalia Quintino Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1423
Resumo: Introdução: o tratamento do câncer infantil ocasiona alterações físicas, emocionais e sociais que podem influenciar negativamente no desempenho motor das crianças e permanecer por longos períodos após a finalização do tratamento. O câncer infantil também pode ocasionar efeitos negativos na qualidade de vida dos cuidadores. Objetivos: comparar o desempenho funcional das crianças durante e após o tratamento oncológico, bem como verificar e comparar a qualidade de vida de seus cuidadores. Correlacionar o desempenho funcional das crianças com a classificação socioeconômica da família, assim como correlacionar a qualidade de vida dos cuidadores com a idade e a classificação socioeconômica da família e com o desempenho funcional das crianças. Casuística e Métodos: estudo transversal e analítico. Participaram do estudo 32 participantes (16 crianças e 16 cuidadores), sento oito crianças em tratamento oncológico (grupo TTO: 4,5 ±1,30 anos); oito crianças que finalizaram o tratamento ≥ 6 meses (grupo PTTO: 4,12 ±1,35 anos); oito cuidadores de crianças que estavam em tratamento oncológico (grupo de cuidadores TTO: 34,37 ± 10,25 anos), e oito cuidadores de crianças após o tratamento oncológico (grupo de cuidadores PTTO: 31,87 ± 4,91 anos). Foram utilizadas três escalas de avaliação: Inventário de Avaliação Pediátrica de Incapacidade (PEDI), WHOQOL-bref e o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB). Resultados: na avaliação do PEDI, na parte II (assistência ao cuidador), houve diferença significativa entre as crianças dos grupos TTO e PTTO nos domínios: autocuidado (p=0,010) e mobilidade (p=0,001), sendo que o grupo PTTO apresentou maior independência em relação ao grupo TTO. O grupo de cuidadores PTTO se destacou no domínio social por apresentar índice bom (76%) em relação ao grupo de cuidadores TTO (64,9% - índice regular). Ao correlacionar a qualidade de vida e a idade dos cuidadores verificou-se que no grupo dos cuidadores TTO, o avanço da idade influenciou positivamente no índice de qualidade de vida (r = 0,813; p= 0,014). Ao correlacionar a qualidade de vida dos cuidadores com o desempenho funcional das crianças verificou-se no grupo TTO a qualidade de vida dos cuidadores influenciou positivamente nas habilidades funcionais – autocuidado (r=0,778; p=0,023) e função social (r=0,789; p= 0,020) –, mostrando que quando maior o índice de qualidade de vida dos cuidadores melhor é o desempenho funcional das crianças avaliadas com relação ao autocuidado e a função social. Conclusão: as crianças do grupo TTO apresentaram desempenho funcional abaixo do normal nos domínios autocuidado e mobilidade, diferentemente do grupo PTTO. As crianças, do grupo PTTO são mais independentes em relação a assistência dos cuidadores. Os cuidadores informais, de ambos os grupos, apresentam índice regular de qualidade de vida. O aumento da idade dos cuidadores de crianças em tratamento influenciou positivamente no índice de qualidade de vida. O nível socioeconômico não influenciou no desempenho funcional das crianças e na qualidade de vida dos cuidadores. A melhora do índice de qualidade de vida dos cuidadores influenciou positivamente no desempenho funcional das crianças no grupo TTO.