Neuropatia diabetica periferica: triagem precoce e complicações clínico-funcionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: NOGUEIRA, Luciana Rocha Nunes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1164
Resumo: A Neuropatia Diabética Periférica (NDP) pode causar alterações sensório-motoras como comprometimentos das sensibilidades tátil, dolorosa, vibratória, térmica, fraqueza e atrofia muscular, levando a deformidades, ulcerações, amputações, como também déficits do controle postural e instabilidade, aumentando o risco de quedas mesmo que em indivíduos mais jovens. Esta dissertação foi organizada em forma de dois artigos científicos, cada um com sua metodologia própria. O primeiro, um estudo longitudinal retrospectivo com 86 prontuários de diabéticos, acompanhados por 3 anos, divididos em três grupos: Grupo com NDP (G1), grupo que desenvolveu NDP durante o seguimento (G2) e grupo de diabéticos sem NDP (G3). Observou-se, utilizando o Escore de Sintomas Neuropáticos (ESN) e o Escore de Comprometimento Neuropático (ECN), que existe diferença entre os grupos nas avaliações do ESN e ECN inicial (F=66,618, p=0,000) e final (F=52,357, p=0,000). É possível realizar uma triagem precoce dos indivíduos e identificar não apenas o diagnóstico de NDP, mas o prognóstico de seu desenvolvimento quando o ECN estiver maior que 1,5, e o ESN maior que 6,5. O segundo artigo é um estudo transversal prospectivo, com 51 indivíduos, divididos em três grupos (com 17 indivíduos em cada), G1 diabéticos com Neuropatia Diabética Periférica, G2 diabéticos sem Neuropatia Diabética Periférica e o G3 indivíduos da comunidade, sem Diabetes Mellitus. Foram identificados déficits no controle postural e no equilíbrio do G1, mas também em algumas situações mais desafiadoras para o G2 mediante os dois testes de equilíbrio utilizados, o Teste Clínico de Integração Sensorial do Equilíbrio modificado mCTSIB (p=0,000) e o MiniBESTest (p=0,001). Observou-se diferença estatística entre os grupos nos domínios: ajuste postural antecipatório (p=0,000), resposta postural reativa (p=0,000), orientação sensorial (p=0,003) e na estabilidade da marcha (p=0,000). A NDP parece estar relacionada a um pior equilíbrio e controle postural gerando maior instabilidade nos indivíduos. Assim, por meio desta dissertação, identificou-se que é possível realizar o diagnóstico precoce da NDP quando o ECN for maior que 1,5 pontos e ESN maior que 6,5. A identificação da possibilidade de desenvolvimento da NDP visa evitar ou minimizar as complicações e deficiências provocadas pela Neuropatia como as relacionadas à diminuição do controle postural antecipatório e reacional, bem como as dificuldades de orientação sensorial devido às alterações sensoriais e a maior instabilidade da marcha com um aumento do risco de queda destes diabéticos.