Melhorando a triagem da neuropatia diabética na atenção primária à saúde: uma proposta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Campissi, Luciana do Nascimento lattes
Orientador(a): Paula, Rogério Braumgratz de lattes
Banca de defesa: Ezequiel, Daniele Guedes Andrade lattes, Bastos, Jessica do Amaral lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3086
Resumo: A detecção precoce do diabetes mellitus e suas complicações constituem verdadeiros desafios para a saúde pública. Em um sistema público organizado hierarquicamente como o SUS (níveis primário, secundário e terciário) temos na Atenção Primária a entrada no sistema de saúde. Logo torna-se fundamental que o rastreio do DM e suas complicações sejam efetivos, de modo a evitar perdas funcionais e aposentadorias precoces. Uma das complicações mais temíveis do diabetes mellitus é a neuropatia diabética, condição altamente prevalente e responsável por cerca de 70% dos casos de amputação não-traumática. Assim, o rastreio da neuropatia diabética pode reduzir os impactos pessoais, familiares e sociais dessa condição crônica. Objetivo: elaborar um teste de triagem simples e de fácil aplicação para detecção precoce da neuropatia diabética pelo enfermeiro da Atenção Primária à Saúde. Método: Estudo transversal no qual foram avaliados 269 prontuários de pacientes diabéticos atendidos no Centro Hiperdia/Juiz de Fora-MG. Foram tabulados dados demográficos, clínicos e neurológicos da população avaliada no período de 2010 a 2014. Resultados: Sessenta e dois por cento dos diabéticos eram do sexo feminino; a média idade foi de 58,7 anos e o Índice de Massa Corporal teve média de 30,6; o tempo médio de diagnóstico do diabetes mellitus foi de 11,5 anos e a hemoglobina glicada (HbA1c) foi igual a 9,1 %. Queimação nos pés (64,9%), parestesia (83,8%), dormência (73%) e dor neuropática (54,1%) foram os sintomas mais prevalentes. Os sintomas foram preditores ruins para o diagnóstico de neuropatia diabética provável. Por outro lado, as alterações das sensibilidades térmica e dolorosa e a ausência do reflexo Aquileu foram as anormalidades mais frequentemente relacionadas com a presença de neuropatia diabética.