Caracterização dos casos de varicela complicada e o impacto da vacinação no estado de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: DIAS, Aline Ciabotti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/700
Resumo: A varicela é uma doença altamente contagiosa, causada pelo vírus Varicela zoster. É transmitida através da via respiratória por aerossóis ou contato com lesões vesículo bolhosas, sendo diagnosticada conforme os sintomas clínicos manifestados. Este estudo teve como objetivos analisar a completude do preenchimento da ficha de investigação/notificação de varicela complicada; descrever o perfil epidemiológico dos casos registrados na Secretaria da Saúde do Estado de Minas Gerais; calcular a incidência, mortalidade e letalidade da doença, segundo sexo e faixa etária; verificar a relação entre sexo e faixa etária por meio da razão de incidência entre os sexos; avaliar a evolução temporal da incidência entre 2010 e 2016; descrever a incidência relacionada à cobertura vacinal. Trata-se de um estudo retrospectivo, de série temporal e base territorial, utilizando o banco de dados fornecido pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES)/MG, referente aos casos de varicela complicada entre 2010 e 2016. Para análise dos dados, utilizou-se a estatística descritiva, razão entre os sexos, cálculo de indicadores de incidência, mortalidade e letalidade, e modelo de regressão linear para análise de tendência temporal. Em Minas Gerais, entre 2010 e 2016, ocorreram 1.635 casos. Observou-se que a proporção de internações por varicela diminuiu consideravelmente após o início da vacinação, de 1,53 casos por 100.000 habitantes (19,3%) em 2013 para 0,24 casos por 100.000 habitantes (3,1%) em 2016. Na análise da completude de informações, constatou-se variáveis com registro de dados divergentes das opções da ficha, e algumas em branco. Houve maior incidência de casos registrados no sexo masculino e maior prevalência na faixa etária de 1 a 4 anos, com 789 (54,7%) casos, seguida pela faixa etária de menores de 1 ano, com 291 (20,0%); também predominaram pessoas de pele branca, com 465 (34,3%)casos. O índice de letalidade se apresentou maior na faixa etária de 5 a 9 anos, e no sexo masculino. Entre os 1.635 casos, 1.390 (55%) não, mas dentre as complicações, a celulite foi predominante, com 652 casos (foram vacinados e 577 (38,9%) adquiriram a doença em domicílio. Para a maioria, 1.127 (84,1%), de acordo com a ficha de notificação, não houve fatores de risco para varicela 44%). Entre 2010 e 2016, observou-se uma tendência decrescente (p = 0,001), com taxa média de 1,014 por 100.000 habitantes e decréscimo de 0,261 ao ano por 100.000 habitantes. Conclui-se que há a necessidade de melhoria de preenchimento das fichas de notificação para redução dos campos ignorados ou em branco. O número de casos de varicela complicada notificados tendeu a diminuir, coincidentemente, no período de imunização. Contudo, o período de cobertura é restrito para a avaliação da sugestão de correlação entre cobertura vacinal e incidência.