Rupturas e permanências: o divórcio e suas reverberações na construção da parentalidade
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1341 |
Resumo: | O crescente número de divórcios/dissoluções conjugais traz à baila novas formas de pensar famílias e suas dinâmicas relacionais. A separação conjugal pode acarretar desafios para todos os membros da família, principalmente quando os pais envolvem os filhos em seus conflitos, o que pode produzir sequelas ao desenvolvimento dos menores, especialmente quando há a ruptura do vínculo parental. Assim, é importante compreender como membros da família percebem o processo de separação conjugal e como os pais exercem a parentalidade pós divórcio. Essa dissertação objetivou investigar como pais e filhos apreendem o processo de divórcio e/ou dissolução conjugal e constroem a parentalidade, assim como o efeito de uma Oficina de Parentalidade na relação parental. Para tanto, foram realizados dois estudos. O Estudo 1 é uma revisão integrativa, que teve por objetivo conhecer o que os estudos acadêmicos no período de 2008 a 2018 têm discutido acerca de como pais e filhos, após um processo de divórcio e/ou dissolução conjugal, constroem a parentalidade. As buscas ocorreram nas bases de dados LILACS, SciELO, MEDLINE e PsycINFO por meio do cruzamento de unitermos que se relacionavam à temática. Após esse procedimento, procedeu se com a exclusão de estudos por repetição, título e resumo. Os artigos remanescentes foram lidos na íntegra e 14 permaneceram como amostra final desta revisão. A análise dos estudos recuperados resultou na formulação de duas categorias: envolvimento afetivo e questões de gênero no exercício parental após a dissolução conjugal; resquícios do conflito conjugal na construção do exercício parental. De acordo com os estudos, a construção da parentalidade após a dissolução conjugal sofre influência de estereótipos masculinos e femininos e, também, dos resquícios dos conflitos conjugais, os quais tendem a refletir no envolvimento afetivo e na preservação dos vínculos parentais. Destaca-se a importância de realizar mais estudos sobre a percepção da parentalidade pelos filhos. O Estudo 2 é uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo foi descrever as percepções de pais e filhos que participaram da Oficina de Parentalidade, acerca do processo de divórcio/dissolução conjugal, do exercício da parentalidade e das reverberações da oficina em suas relações. O método utilizado foi o de estudo de casos múltiplos. Três famílias, compostas por pais, mães e filhos biológicos, que participaram da Oficina de Parentalidade na cidade de Uberaba-MG, integraram o estudo. Como instrumentos de coleta de dados, foram utilizadas entrevistas semiestruturadas para pais e filhos. Os dados foram analisados segundo a técnica de análise de conteúdo e interpretados segundo a Teoria Familiar Sistêmica e a literatura da área de divórcio e parentalidade. Os resultados apontam que o divórcio é um fenômeno complexo que ecoa em todo o sistema familiar, sendo que pais e filhos, por vezes, atribuem sentidos distintos à experiência, sendo a diferenciação entre conjugalidade e parentalidade um desafio para a família em reconfiguração. As Oficinas de Parentalidade influenciaram as percepções sobre a experiência da dissolução conjugal e da relação parental. De modo geral, os estudos demostram a intrincada re-construção dos vínculos parentais, em meio às rupturas que perpassam as famílias em reconfiguração. |