Prevalência de quedas e fatores associados em idosos da zona urbana do município de Uberaba – Minas Gerais
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/281 |
Resumo: | As quedas se configuram como uma das síndromes mais incapacitantes entre os idosos, pois um único evento pode trazer relevantes consequências no âmbito social, econômico e de saúde. Ademais, as quedas são consideradas preditor de mortalidade; fragilidade; maior uso dos serviços de Saúde; incapacidade funcional e institucionalização. Desta forma, torna-se fundamental conhecer os fatores associados à sua ocorrência em idosos que vivem na zona urbana, a fim de contribuir para elucidação de fenômenos causais e na sua prevenção. Esta pesquisa objetivou determinar a prevalência de quedas nos últimos 12 meses entre os idosos; descrever o perfil das quedas; comparar as variáveis sociodemográficas, clínicas, de saúde, o uso de dispositivo de auxílio, a capacidade funcional, o desempenho físico e a síndrome do medo de cair entre os idosos que tiveram quedas e aqueles que não as tiveram e verificar os fatores associados a quedas em idosos. Trata-se de inquérito domiciliar, transversal e analítico conduzido com 729 idosos que vivem na zona urbana do município de Uberaba-MG. A coleta ocorreu no período de janeiro a abril de 2014 e os instrumentos utilizados foram: Miniexame do Estado Mental, Questionário estruturado para a caracterização dos dados sociodemográficos, clínicas, de saúde e ocorrência de quedas, Escala de Independência em Atividades da Vida Diária (AVD), Escala de Lawton e Brody e questionário estruturado para as Atividades Avançadas de Vida Diária (AAVD); Falls Efficacy Scale-International-Brasil; Short Physical Performance Battery – SPPB. Os dados foram submetidos a análise descritiva, razão de chances de prevalência e teste t-Student (p < 0,05), por meio do Statiscal Package for Social Sciences (SPSS), versão 17.0. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro sob o parecer no 573.833. A prevalência de quedas foi de 28,3%, sendo que 44,6% tiveram uma e 55,4% duas ou mais quedas, e o local mais frequente de ocorrência foi no pátio/quintal. As quedas aconteceram principalmente da própria altura (83,0%), com consequência física as escoriações (38,8%); e repercussões na vida cotidiana dos idosos, o medo de cair novamente (42,7%). As causas das quedas estiveram relacionadas à alteração do equilíbrio (31,6%) e a pisos escorregadios ou molhados (34,7%). Na comparação entre os grupos, a proporção maior dos idosos que tiveram quedas foi do sexo feminino; na faixa etária de 80 ou mais; moravam acompanhadas; com companheiros; apresentavam percepção de saúde negativa; possuíam duas ou mais morbidades; usavam de cinco ou mais medicamentos; eram dependentes para as AIVD; pararam de desempenhar maior número de AAVD; tiveram mais medo de cair; e apresentaram pior desempenho físico quando comparados aos que não caíram. Verificou-se que os fatores associados a quedas foram: sexo feminino; faixa etária de 80 ou mais anos, presença de duas e mais morbidades. Os resultados demonstraram elevada prevalência de quedas entre os idosos em relação a estudos nacionais e internacionais e contribuíram para compreender os fatores relacionados às quedas e suas consequências entre os idosos do município de Uberaba. Dessa forma, soma-se a outras investigações e reforça a necessidade de: diagnóstico precoce dos fatores intrínsecos e extrínsecos que constituem risco de quedas para o idoso; atuação de equipe multiprofissional; planejamento e implementação de ações para prevenção de quedas em todos os níveis de atenção à saúde; desenvolvimento de ações educativas, junto ao idoso, familiares e cuidadores, que vise à acessibilidade adequada do ambiente doméstico e às formas mais seguras do idoso desempenhar suas atividades essenciais para sua vida. |