Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Severo, Isis Marques |
Orientador(a): |
Almeida, Miriam de Abreu |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Palavras-chave em Espanhol: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/129918
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Resumo: |
A magnitude das quedas em pacientes hospitalizados é mundial, tanto que profissionais da saúde e gestores de diferentes países têm buscado alternativas para redução dos incidentes de segurança até o mínimo aceitável. Entre essas alternativas estão as políticas públicas e os protocolos de prevenção que orientam a avaliação do risco de quedas por meio de modelos de predição. Este trabalho teve o objetivo de construir e validar um modelo de predição do risco de quedas em pacientes adultos hospitalizados, além de comparar a sensibilidade, a especificidade e a discriminação do modelo construído com a Morse Fall Scale traduzida e adaptada transculturalmente para o português do Brasil e descrever a concordância entre eles. A primeira etapa do estudo foi uma revisão integrativa da literatura que identificou os fatores de risco para quedas, os quais foram investigados na segunda etapa, por meio de um delineamento de caso e controle com pareamento (um controle por caso). O local da investigação foi unidades clínicas e cirúrgicas de um hospital geral, público e universitário do Sul do Brasil. Foram incluídos pacientes com idade igual ou maior de 18 anos e controles com a mesma data de admissão dos casos ou dia(s) subsequentes(s) e excluídos pacientes sem condições clínicas e/ou neurológicas de participar e sem familiar/responsável no momento da coleta; pacientes em cuidados paliativos; quedas ocorridas em unidades que não as pesquisadas; e a segunda queda (ou mais), isto é, se o paciente sofreu mais de um episódio no período de coleta, foi considerado somente o primeiro evento. O modelo foi desenvolvido na amostra de derivação (n=358) e testado na amostra de validação (n=178), definidas por aleatoriedade e em pares, sendo dois terços para primeira e um terço para segunda. A coleta foi de abril de 2013 a setembro de 2014. Os dados foram obtidos junto aos pacientes, a partir do prontuário eletrônico, da ficha de notificação de quedas da instituição e da Morse Fall Scale. Foi realizada dupla digitação independente do banco de dados que foram analisados por meio dos programas Excel, SPSS versão 18.0 com regressão logística condicional e PEPI-for-Windows; valores de p<0,05 foram estatisticamente significativos. Os resultados permitiram construir e validar dois modelos de predição do risco de quedas, denominados SAK (Severo-Almeida-Kuchenbecker) 1 e SAK 2, com seis variáveis comuns aos dois: desorientação/confusão (SAK 1 e SAK 2 p<001); micções frequentes (SAK 1 e SAK 2 p=0,001); limitação para deambular (SAK 1 e SAK 2 p<001); ausência de acompanhante (SAK 1 e SAK 2 p<0,001); pós-operatório (SAK 1 p=0,03; SAK 2 p=0,05); número de medicamentos administrados em até 72 horas antes do desfecho (SAK 1 p=0,01; SAK 2 p=0,02) e queda prévia (SAK 2 p=0,28), presente somente em um modelo. O modelo SAK 2 apresentou melhores valores de acurácia e calibragem em relação aos demais. O teste Kappa não mostrou concordância entre os três modelos. As implicações para a prática vão desde sua aplicação fácil à beira do leito, ao suporte à decisão clínica individual, especialmente do enfermeiro, reforçando a importância do diagnóstico de enfermagem e contribuindo para busca das melhores intervenções preventivas e para segurança do paciente. |