Interculturalidade crítica na formação inicial de professores de Ciências: saberes sobre a biodiversidade local
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1179 |
Resumo: | A presente pesquisa apresenta a formação de professores de ciências e biologia como objeto de estudo, a partir da perspectiva teórica da interculturalidade crítica. Parte-se das representações sobre a biodiversidade como local discursivo sendo expressa e vivenciada pelas contradições entre elementos interculturais e hegemônicos. Utilizou-se da metodologia de estudo de caso, analisando posicionamentos de licenciandos oportunizados por situações problemas em uma oficina pedagógica com temáticas envolvendo questões socioculturais. As relações mais enfatizadas foram: a relação do currículo com questões socioculturais; práticas pedagógicas em estágios supervisionados e a valorização de culturas tradicionais; a diversidade cultural em sala de aula e as controvérsias da hegemonia científica. A análise da materialidade verbal e extra verbal dos sujeitos, ou seja, sentidos e significados sobre a biodiversidade local desses licenciandos na interface com a formação docente. Os resultados foram organizados a partir de três subseções como blocos de significados e sentidos emergentes da análise dos posicionamentos enunciativos, sendo eles: os performáticos, a tensão do discurso, a mobilização e deslocamento discursivo dos sujeitos. Os enunciados da primeira seção mostraram o esforço dos participantes em corresponder a estrutura epistemológica esperada no âmbito de formação de professores, que é resultado de um discurso hegemônico. Na segunda seção, foram analisados momentos em que esse discurso pedagógico hegemônico tensionava pelo contraditório em relação à pluralidade de saberes existente. Ao final, na última seção, por exercícios de tensão dos enunciados durante as interações, foi exteriorizado deslocamentos no posicionamento de licenciandos, rompendo com as estruturas racionalizadas fixas de enunciação. Essa análise e seus respectivos resultados direcionam a interculturalidade crítica como elemento faltante na formação de professores e aponta as oficinas pedagógicas como espaços que oportunizam a multiplicidade de vozes na formação e, com mediação consciente, é possível deslocamentos para cruzamentos interculturais. |