Perfil clínico-epidemiológico das crianças e adolescentes vítimas de violência sexual no município de Uberaba: conhecer para intervir
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1400 |
Resumo: | O Sistema de Informação de Agravos de Notificação foi estabelecido em 1990, pelo Ministério da Saúde, objetivando a padronização dos conceitos para a definição de casos de doenças e/ou agravos à saúde, como a violência sexual contra crianças e adolescentes. A notificação de casos de violência tem como grande propósito, dentroda vigilância em saúde, dimensionar o problema, quantificar os casos e caracterizar os envolvidos. A presente pesquisa teve como objetivo delinear o perfil clínico- epidemiológico dos casos de violência sexual, contra crianças e adolescentes, ocorridos na cidade de Uberaba-MG, nos anos de 2015 a 2020. Trata-se de um estudocom delineamento ecológico e analítico, que analisou o banco de dados das fichas de investigação de violência doméstica, sexual e/ou outras violências notificadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde, referente aos anos de 2015 a 2020. Os dados recebidos da SMS de Uberaba foram importados para o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 21.0, onde foi realizada a análise estatística. Foram utilizadas análises descritivas e bivariada (teste qui-quadrado, com construção de tabelas de contingência). O nível de significância estatística adotado foi de 5%. Foi verificado que a maioria das vítimas de violência eram meninas (78,5%), tinham de 12a 13 anos (29%), cor da pele parda e negra (54,5%). A violência ocorreu na residênciada criança (63,1%), foi praticada por conhecidos (24,46%) e parentes próximos, comoo pai (14,8%). Quanto ao agressor, a maioria eram homens (86,4%), adultos (44,2%) e conhecidos ou parentes da vítima. Verificou-se que houve relação entre o sexo e aidade da vítima (p<0,001), na qual meninas sofreram a violência em idade mais avançada do que os meninos. A garantia dos direitos com investimentos na proteção a vida, na autonomia e na emancipação dos indivíduos precisa de maior envolvimento dos setores e dos membros das famílias das vítimas. É essencial fortalecer a integração entre as instituições possibilitando uma consolidação da rede de cuidados à saúde das crianças e adolescentes. |