Epidemiologia molecular de Paracoccidioides SPP. recuperados de pacientes com Paracoccidioidomicose em um hospital universitário de Minas Gerais Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Juliana de Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Infectologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1752
Resumo: O complexo P. brasiliensis com suas espécies crípticas e P. lutzii causam a paracoccidioidomicose (PCM) e apresentam significativas variações genéticas interespecíficas, além de diferenças morfológicas e de distribuição geográfica. A variabilidade genética intraespecífica destas espécies e sua relação com aspectos clínicos e/ou epidemiológicos da (PCM) é pouco conhecida. Este estudo objetivou genotipar 23 isolados clínicos de Paracoccidioides spp. obtidos de pacientes oriundos da região Sudeste do Brasil. Foram sequenciados os loci GP43, éxon 2, as regiões ITS1-5.8S-ITS2 e o locus ARF e realizadas diferentes análises. As 23 sequencias obtidas foram comparadas com as depositadas no GenBank por meio da criação de dois bancos de dados. Um com 152 isolados provenientes de diferentes origens e que dispunham das sequencias dos loci ARF+GP43 denominado G1 e outro com as sequencias de ARF+GP43+ITS de 22 diferentes isolados denominados G2. Foi observado elevado polimorfismo nos isolados do presente estudo quando comparados com aqueles provenientes de outras regiões do Brasil e de outros países. Dentre estes 23 isolados, 22 (95,66%), foram identificados como S1/P. brasiliensis e apenas um foi identificado como PS2/P. americana. A maioria apresentou haplótipos (H) ou sequence types exclusivos (STs). No G1 foram encontrados 45 haplótipos: 19 em S1/P. brasiliensis sendo (13 exclusivos do presente estudo), 15 em P. lutzii, seis em PS2/P. americana (um exclusivo do presente estudo, H9), três em PS3/P. restrepiensis e dois em PS4/P. venezuelensis. Foram encontrados haplótipos exclusivos de origem clínica e com áreas geográficas restritas. No G1, a espécie mais polimórfica foi S1/P. brasiliensis (19 haplótipos, HD de 0,655 e K de 4,613) seguida de P. lutzii (12 haplótipos, HD de 0,649 e K de 2.906), entretanto não foi encontrada a divisão dos isolados S1/P. brasiliensis em S1a e S1b. No G2 foram encontrados 31 STs, dos quais 15 eram S1/P. brasiliensis (13 exclusivos do presente estudo), oito P. lutzii, cinco PS2/P. americana (um exclusivo do presente estudo, ST9) e dois PS3/P. restrepiensis. No G2, a análise do número de populações mostrou um K=5 e houve a diferenciação entre S1a e S1b, com 20 dos isolados do presente estudo agrupados em S1b. Em ambos grupos o locus GP43 mostrou-se o mais variável e o mais discriminador de espécies, enquanto a região ITS demonstrou ATs compartilhados por diferentes espécies crípticas de Paracoccidioides. A análise de minimum spanning tree mostrou dois grandes grupos, um composto exclusivamente por isolados de P. lutzii e o outro que incluiu as outras espécies e correlações do grupo fundador (GF) GF7 com o tipo misto da doença e com a origem geográfica e de GF16 com doenças crônicas. Os resultados obtidos confirmam que S1/P. brasiliensis é a espécie predominante na região Sudeste do Brasil e possui alta variabilidade genética intraespecífica.