Níveis séricos de vitamina C em adultos com diferentes graus de estado nutricional, segundo o método de avaliação global subjetiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: AVELINO, Dewelyn Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/779
Resumo: Introdução: A vitamina C, nome comum para o ácido L-ascórbico, é um micronutriente hidrossolúvel e termolábil. Os seres humanos são incapazes de sintetizar essa vitamina, portanto sua ingestão diária é fundamental. A vitamina C desempenha funções importantes no metabolismo humano e sua deficiência está associada a distúrbios inespecíficos, uma variedade de doenças complexas e desfechos clínicos adversos. Estudos demonstram alta prevalência de hipovitaminose C em pacientes hospitalizados e destacam que pacientes com histórico de desnutrição apresentaram maior probabilidade de apresentar hipovitaminose C do que pacientes bem nutridos. A desnutrição no ambiente hospitalar pode se desenvolver como consequência da ingestão insuficiente de nutrientes, absorção prejudicada, perda de nutrientes devido à doença ou aumento das demandas metabólicas durante a doença. O diagnóstico do estado nutricional é importante para detecção precoce da desnutrição. Entre os métodos utilizados na avaliação do estado nutricional, destaca-se a Avaliação Global Subjetiva (AGS). Esse método utiliza informações sobre alteração não desejável no peso corporal, ingestão alimentar, sintomatologia gastrointestinal, capacidade funcional e a relação entre a doença de base e as necessidades nutricionais. Além dos dados clínicos, o exame físico também está presente, sendo dirigido para aspectos nutricionais que possam sugerir deficiências. Objetivo: Avaliar a ingestão e as concentrações séricas de vitamina C em pacientes adultos hospitalizados, segundo o estado nutricional determinado pelo método da AGS. Material e Métodos: Foram avaliados cento e cinquenta pacientes, homens e mulheres, internados nas enfermarias de clínica médica e cirúrgica. Os pacientes foram alocados em três grupos distintos de acordo com a classificação da AGS. Para complementar a avaliação nutricional foram utilizados a antropometria, impedância biolétrica, recordatório alimentar de 24 horas, questionário semiquantitativo de frequência alimentar, avaliação bioquímica e dosagem da vitamina C. Resultados: O grupo AGS A, ou seja, pacientes nutridos foi composto por 76 pessoas (50,7%), o grupo AGS B pacientes moderadamente desnutridos (ou suspeitos de desnutrição) 38 (25,3%) e o AGS C pacientes desnutridos graves 36 (24,0%). A ingestão de vitamina C mostrou-se menor que as recomendações nutricionais nos três grupos analisados (AGS A=55 vs. AGS B=34 vs. AGS C=15,8 mg/dia). Os pacientes do grupo AGS C apresentaram menores níveis séricos de ácido ascórbico 0,3 (0,04 – 0,9 mg/dL) quando comparados com grupo AGS B 0,5 (0,2 – 1,3 mg/dL) e grupo AGS A 0,7 (0,1 – 1,5mg/dL). Quando considerou-se o limite inferior de vitamina C menor que 0,4mg/dL, as porcentagens de deficiência também diferiram entre os grupos (AGS A=21,1% vs. B=34,2% vs. C=63,9%).Conclusão: Pacientes diagnosticados com desnutrição AGS (B e C) ingerem menores quantidades de vitamina C e têm menores níveis séricos de ácidos ascórbico que os pacientes do grupo AGS A. Esse fato pode ser explicado pela menor ingestão de alimentos, bem como aumento do consumo desse nutriente durante a resposta inflamatória.