Tradução, adaptação cultural e validação para o português do Brasil da escala de alerta precoce Hamilton Early Warning Score – HEWS.
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1581 |
Resumo: | O serviço médico de emergência é um ambiente complexo, frequentemente caótico e superlotado, o que aumenta a vulnerabilidade do paciente em evoluir com deterioração do quadro clínico, sem que seja reconhecido pela equipe de cuidado. Esse evento adverso pode progredir para eventos críticos, como parada cardiorrespiratória (PCR) e óbito. Por sua vez, em ambiente hospitalar, a PCR raramente ocorre de forma súbita, mas como resultado da deterioração progressiva das funções fisiológicas, sendo precedida de sinais de piora clínica. A detecção e a intervenção precoce são oportunidades de prevenir um agravo maior e aumentar a segurança do paciente. Nesse intuito, desenvolveram-se os early warning scores, sistemas de pontuação que geram um escore que aumenta de acordo com a instabilidade do paciente. A Hamilton Early Warning Score (HEWS) é um desses instrumentos, que se destaca por sua aplicabilidade e validade. Entretanto, não foi traduzida, adaptada culturalmente e validada para o português do Brasil. O presente estudo teve como objetivo realizar a tradução, adaptação transcultural e validação da HEWS para o português do Brasil. Trata-se de uma pesquisa metodológica desenvolvida em duas etapas: tradução, adaptação e validação aparente ou de face do instrumento para língua e cultura brasileira e análise das suas propriedades métricas. Após a autorização do autor do instrumento, na primeira etapa, adotou-se o processo metodológico de tradução inicial, síntese, retrotradução, análise pelo comitê de especialistas e pré-teste. Na segunda etapa, realizou-se a análise da confiabilidade interobservador, da validade de critério concorrente e da validade preditiva para predizer os eventos críticos da parada cardiorrespiratória, óbito e encaminhamento para UTI. A escala HEWS traduzida e adaptada obteve um índice de validade inicial de 0,89 e após reunião de consenso foi gerada a versão HEWS brasileira com 100% de concordância do comitê de juízes. Na segunda etapa, a confiabilidade interobservadores obteve uma correlação excelente de 0,924 (p <0,001) para o escore total e força de concordância alta a muito alta de 0, 83 a 1,0 (p<0,001) para os itens individuais da escala. Na validade de critério concorrente, identificou-se uma correlação estatisticamente forte e negativa r = - 0,75 com a Canadian Acute Scale Triage. Na validade de critério preditiva, a regressão logística apresentou um odds ratio de 1,63, IC 95% (1,358 - 1,918), p <0,001. A acurácia para eventos combinados (PCR, óbito e transferência para UTI) foi boa com valor de 0,89 (0,831 – 0,953, IC 95%) e estatisticamente significativos, p <0,001. A sensibilidade e a especificidade foram avaliadas a partir dos pontos de corte ≥3, ≥6 e ≥9, com os resultados de sensibilidade 96,4%, 71,4% e 46,4%, respectivamente, e especificidade de 60%, 86,9% e 96,9%, respectivamente, sendo condizente com a curva ROC e com a literatura. Conclui-se que a HEWS foi traduzida e adaptada com sucesso para o contexto brasileiro, sendo um instrumento válido e confiável que pode auxiliar no reconhecimento de pacientes em deterioração clínica, no gerenciamento de risco e determinação de condutas, com vistas na segurança do paciente, na gestão de recursos e na qualidade da assistência. |