Cuidando de crianças com o transtorno do espectro autista: perpecepções e sentimentos
Ano de defesa: | 2019 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1348 |
Resumo: | Estudos ressaltam que, nas famílias em geral, a mãe é a pessoa que passa mais tempo com a criança diagnosticada com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), em detrimento a outros papéis sociais, assumindo uma maior gama de cuidados. Tais mães, quando cuidadoras principais, tendem a apresentar maior risco de crise e estresse parental do que os pais, ou até mesmo maior do que o de mães de crianças com outros transtornos do desenvolvimento. Cabe ressaltar a importância de se aprofundar mais sobre a questão do sentimento materno em relação a um filho com autismo, para que estratégias efetivas de acolhimento e enfrentamento sejam realizadas com as mães e familiares da criança diagnosticada com TEA. O objetivo geral dessa Dissertação foi compreender a percepção e os sentimentos de mães e de profissionais que acompanham crianças que apresentam o TEA. Esta Dissertação foi dividia em dois estudos, ambos de caráter empírico. O Estudo 1 teve por objetivo compreender a percepção e os sentimentos de genitoras de crianças que apresentam o TEA e identificar quais são os recursos internos e apoios sociais por elas utilizados em seu cotidiano.Trata-se de uma pesquisa descritiva e exploratória com abordagem qualitativa, a qual foi realizada com nove mães de crianças que apresentam o TEA, sendo a quantidade de participantes definida pelo critério de saturação teórica para pesquisa qualitativa. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas mediadas por uma imagem e pergunta disparadora sobre o tema. A análise evidenciou a importância de ampliar a rede de suporte materna frente aos desafios dos cuidados diários de uma criança autista, sinalizando que, mesmo com os obstáculos vivenciados, as mães conseguiram minimizar o impacto negativo do diagnóstico através de sentimentos positivos em relação às suas vivências. O Estudo 2 teve por objetivo compreender a percepção e os sentimentos de profissionais que desempenham ações com crianças que apresentam o TEA. A partir da metodologia de estudo de caso coletivo, entrevistaram-se quatro profissionais que atuavam em um projeto social para crianças autistas. As entrevistas semiestruturadas foram mediadas por uma imagem e por uma pergunta disparadora sobre o tema. A análise apontou a importância do trabalho em equipe como suporte para as ações realizadas e de um “olhar sensível”, não só perante acriança, mas também com toda a sua família. Ambos os estudos sinalizam a necessidade de ampliação da rede de suporte para familiares e profissionais que atuam com crianças autistas, para que se sintam acolhidos, valorizados e empoderados em seus contextos de vida. A importância de espaços e projetos sociais que visem essa construção também é algo a se destacar com as conclusões dos estudos, uma vez que tais espaços e projetos tendem a proporcionar melhor qualidade de vida para as crianças autistas, suas famílias e os profissionais envolvidos. Sugere-se que pesquisas futuras possam realizar estudos longitudinais com crianças e mães assistidas por projetos sociais que apoiem e orientem na condução do TEA, a fim de mensurar melhor a intervenção oferecida. |