O protagonismo das atividades educativas influenciando o conhecimento e a prática da autoapalpação das mamas e do exame papanicolau entre estudantes de escolas públicas do período noturno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: MENDES, Lorena Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/280
Resumo: Introdução: O câncer (CA) atualmente é um problema de saúde pública, uma vez que o Sistema de Informação sobre Mortalidade registra que ele representa a segunda causa de morte por doença no Brasil. Neste contexto, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) no Brasil, as estimativas para o ano de 2014, apontam a ocorrência de aproximadamente 576 mil novos casos de neoplasia. Assim, destaca-se a neoplasia ginecológica como responsável por mais da metade das mortes por CA entre mulheres brasileiras, principalmente os cânceres de mama e de colo do útero. Sob este prisma, as atividades educativas são de grande importância, já que muitas mulheres, por seus valores e cultura, não reconhecem as medidas de prevenção e detecção desses cânceres. Objetivo: Verificar a eficácia da atividade de educação em saúde realizada com estudantes do ensino médio, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e magistério do período noturno de escolas públicas, a respeito da Autopalpação das Mamas (APM) e do exame de Papanicolaou. Procedimentos metodológicos: Estudo quase experimental do tipo antes e depois. A pesquisa foi desenvolvida com mulheres com idade igual ou superior a 18 anos, estudantes do ensino médio, EJA e magistério do período noturno de escolas públicas de Uberaba-MG perfazendo o total de 20 escolas e 540 alunas. Foi elaborado um instrumento auto-aplicado, estruturado com perguntas abertas e fechadas, contendo dados do perfil sociodemográfico e sexual e questões relativas à APM e ao exame Papanicolaou. Inicialmente, o instrumento foi aplicado aos sujeitos com o intuito de verificar o conhecimento prévio a respeito do tema. Em seguida, foi realizada uma atividade educativa, relativa aos exames Papanicolaou e APM. Em seguida, o instrumento foi reaplicado aos sujeitos, com a finalidade de mensurar o conhecimento adquirido e compará-lo com o conhecimento prévio. Resultados: O grupo foi composto por mulheres, em sua maioria com idade entre 18 e 29 anos (63,3%), residente em Uberaba (90,7%), estudantes do EJA (34,1%), exercendo atividades não remuneradas (39,8%), solteiras (46,9%) e usuárias de internet (68,0%). Com relação ao perfil sexual a grande maioria afirmou já ter tido relação sexual (92,6%) e possuir parceiro sexual (76,1%). No contexto geral, as mulheres apresentaram um déficit maior de conhecimento no que se refere à APM, em comparação ao exame Papanicolaou. A questão sobre quem deveria realizar a APM foi a que obteve proporcionalmente mais acertos, 44,1%, outra questão que despertou atenção relacionava-se à serventia da APM, já que o percentual de erros foi significativo. A necessidade de se fazer o exame Papanicolaou foi outra questão importante, já que 102 (18,9%) mulheres disseram nunca ter realizado o exame. Os testes estatísticos mostraram que houve acréscimo no conhecimento tanto em relação à APM quanto ao Papanicolaou. Conclusão: O conhecimento e a prática da APM e do Papanicolaou ainda são baixos entre as mulheres. No entanto, atividades educativas apresentaram impacto positivo sobre tal conhecimento. Percebeu-se a necessidade da transmissão de informações referente ao tema, que é de extrema importância para as diversas populações.