Autoestima e qualidade de vida de estomizados secundário ao câncer colorretal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: FERREIRA, Emmanuelle da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/238
Resumo: Segundo estimativas mundiais, o câncer colorretal constitui-se como o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens e o segundo entre as mulheres. A principal terapêutica cirúrgica resulta na confecção de uma estomia. A exteriorização do intestino através da parede abdominal, além de alterar os padrões de eliminação, podem determinar mudanças nas dimensões biopsicossociais, modificando assim a autoestima (AE) e a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS). O objetivo geral deste estudo foi avaliar a autoestima e a qualidade de vida relacionada à saúde de pacientes estomizados por câncer colorretal. Trata-se de estudo observacional transversal com abordagem quantitativa. Para a coleta de dados, utilizaram-se três instrumentos: um contendo questões relativas aos dados sociodemográficos e clínicos, a Escala de Autoestima de Rosenberg e o European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire “Core” 30 itens (EORTC-QLQ-C30). Para a análise estatística das variáveis quantitativas foram utilizadas medidas de tendência central e variabilidade e para as categóricas medidas de frequência absoluta e percentual. As variáveis definidas como categóricas foram comparadas aos escores de autoestima e qualidade de vida, utilizando-se o Teste t-Student e o teste não paramétrico de Mann-Whitney, respectivamente e para as quantitativas a correlação de Pearson. Participaram do estudo 36 estomizados, com média de idade de 63,97 anos, baixa escolaridade, aposentados, com companheiro. Quanto aos aspectos clínicos, a maioria possuía estomia há mais de um ano, o tipo de estomia predominante foi colostomia de caráter definitivo e localizadas no quadrante abdominal esquerdo. Com relação à AE, a média foi de 18,88, considerada satisfatória, com alfa de Cronbach de 0,9. Observou-se diferença significativa (p=0,03) entre a média dos escores de AE e a localização do estoma. A qualidade de vida relacionada à saúde apresentou-se satisfatória, com média da EGS de 77,7 e escalas funcionais com escores acima de 60. Quando analisada a relação da QVRS com as variáveis sociodemográficas e clínicas, verificou-se diferença estatisticamente significante entre: o domínio função social e situação conjugal, duração, localização e tempo de estomia; dificuldade financeira e situação conjugal; EGS e tipo de estoma, idade; função cognitiva e dor com local da estomia; desempenho de papéis e tempo de estomia, idade; fadiga e idade; insônia e tempo de estomia. Ademais, identificou-se correlação entre AE e QVRS em todas as escalas funcionais e EGS. Os estomizados apresentaram AE e QVRS satisfatório, porém com limitações mais expressivas no domínio social. A correlação entre AE e a maioria das escalas do EORTC expressam a influência que os sentimentos e percepções em relação a si mesmo têm na qualidade de vida. Conhecer os níveis de AE e QVRS, assim como as variáveis que os influenciam subsidia o planejamento do cuidado, a reabilitação e a autonomia social do estomizado