Níveis de atividade física e barreiras e facilitadores para sua prática entre adolescentes surdos e ouvintes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ANDRADE, Luana Foroni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação Física
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
CIF
ICF
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/248
Resumo: Hoje uma das maiores preocupações discutidas em relação à população de crianças e adolescentes tem sido a prática insuficiente de atividade física ou o uso de dietas não saudáveis, com grandes desequilíbrios energéticos com sérias implicações para a saúde e o bem estar. Pesquisas com enfoque nas causas e na descrição desses cenários visando a implementação de ações que incentivem mudanças de comportamento nos indivíduos, famílias e comunidades, principalmente em populações em minoria linguística cultural, como os surdos, não foram encontradas na literatura. Assim, este estudo tem por objetivo investigar e comparar os fatores ambientais para a prática de atividades físicas segundo a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF, bem como os níveis de atividade física entre adolescentes surdos e ouvintes. Esta pesquisa quantitativa, descritiva de natureza investigativa analítica e comparativa utilizou-se dos instrumentos Questionário de Atividade Física para Adolescentes (QAFA) e Checklist da CIF com enfoque nos fatores contextuais, ambientais, sendo estes traduzidos e aplicados com a população surda em língua brasileira de sinais (LIBRAS). Os resultados angariados mostraram diferença estatística significativa entre os adolescentes surdos e ouvintes quanto aos níveis de atividade física, sendo que 29,03% do grupo de adolescentes surdos foram classificados como ativos, enquanto 61,29% dos adolescentes ouvintes assim foram classificados (p<0,05). Apesar dos adolescentes surdos também apresentarem mais barreiras e menos facilitadores que os ouvintes, a diferença entre grupos não foi estatisticamente significativa. Este estudo corroborou com outros estudos nacionais que estudam à prática de atividade física na população de adolescentes, confirmando os baixos níveis de atividade física também encontrados em outras amostras de adolescentes no país. Apesar do grupo surdos ter apresentado desfechos mais negativos comparado ao grupo de ouvintes os resultados encontrados em uma população e outra não expõem incapacidades relacionadas à condição biológica, mas refletem desafios quanto à condição cultural. Ser surdo em um ambiente pouco sensível à multiplicidade, adaptado apenas ao ouvinte, pode acarretar em resultados negativos à essa população se comparada à população de ouvintes.