INFLUÊNCIA DO ARRANJO DOMICILIAR NAS CONDIÇÕES DE SAÚDE NO INDICATIVO DE DEPRESSÃO E NA QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS RESIDENTES NA ZONA RURAL
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/167 |
Resumo: | O envelhecimento humano é componente fundamental na vida de cada indivíduo e traz consigo peculiaridades. Transformações decorrentes da idade avançada influenciam cada vez mais os arranjos domiciliares envolvendo os idosos, em especial da zona rural. Esta pesquisa objetivou descrever as características sociodemográficas e econômicas dos idosos residentes na zona rural, segundo o arranjo domiciliar; verificar a associação do arranjo domiciliar com as condições de saúde, indicativo de depressão e qualidade de vida dos idosos residentes na zona rural. Estudo tipo inquérito domiciliar, analítico, transversal e observacional, realizado com 850 idosos residentes na zona rural do município de Uberaba MG. De acordo com o arranjo domiciliar formaram-se dois grupos: idosos que moravam só (119) e idosos que moravam acompanhados (714). Os dados foram coletados no domicílio, no período de junho de 2010 a março de 2011. Foram utilizados os seguintes instrumentos: Mini Exame do Estado Mental, questionário semi estruturado baseado no OARS; Escala de Depressão Geriátrica versão abreviada; World Health Organization Concept of Quality of Life Bref, World Health Organization Quality of Life in Older Adults. As análises dos dados se deram por estatística descritiva, teste qui-quadrado e t-Student (p<0,005) através do programa SPSS versão 17.0. Em ambos os grupos, predominaram os idosos do sexo masculino, na faixa etária de 60├70 anos, 4├8 anos de estudo, com renda individual de 1├ 3 salários mínimos, aposentados por idade, donas de casa, moradia própria e quitada, que consideraram sua situação econômica igual a de outras pessoas de mesma idade. Em relação as estado conjugal, os idosos que moravam acompanhados eram casados, enquanto os que moravam só, viúvos. Entre as condições de saúde, os dois grupos relataram boa audição, uso regular de medicação, não praticar atividade física, não ingerir bebida alcoólica, não comparecer às consultas médicas mensais, indicativo para depressão 24,4% dos que moravam só e 21,4%. Os idosos que moravam só consideram sua saúde boa 42,9 e regular 42%, os acompanhados como regular 45,2 e boa 37%. Houve maior proporção de idosos que moravam só e eram tabagistas (p=0,003) e tinham catarata(0,053) em relação aos que moravam acompanhados. Entretanto, os idosos que moravam acompanhados apresentaram, proporcionalmente, pior percepção da visão em comparação aos que moravam só (0,010). A HAS, problema para dormir, problema de coluna e visão foram as morbidades mais referidas em ambos os grupos. O maior escore de QV foi no domínio relações sociais e o menor no meio ambiente, em ambos os grupos. Não obteve associação entre a QV, mensurada pelo WHOQUOL- BREF, e o arranjo domiciliar. Já na QV avaliada pelo WHOQUOL-OLD, os idosos que moram só apresentaram maior escore na faceta morte e morrer (p=0,058) e menor na intimidade (p<0,001) em comparação aos que moram acompanhados. Os resultados permitiram o melhor conhecimento das características sociodemográficas, econômicas e das condições de saúde dos idosos residentes na zona rural, segundo arranjo domiciliar. Desta forma, estes resultados contribuem para o planejamento e a implementação de ações em saúde, de acordo com as especificidades dos idosos residentes na zona rural. |