O gênero diário como prática discursiva na sala de aula

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: SILVA, Thaís Cristina Teixeira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras
Brasil
UFTM
Programa de Mestrado Profissional em Letras em Rede Nacional
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/562
Resumo: A presente dissertação de mestrado tem como objetivo expor e discutir o desenvolvimento e aplicação de uma sequência de atividades de intervenção didática com práticas de leitura, escrita e produção de textos a partir da abordagem do percurso histórico do gênero diário, demonstrando que este nem sempre foi considerado íntimo ou pertencente apenas à esfera do feminino. Para isso, inicialmente, elaboramos e aplicamos um questionário para diagnosticar o conhecimento dos alunos sobre conceito, autor, leitor, estrutura e finalidade do diário. A análise das respostas foi a base para o desenvolvimento das atividades que visam aprimorar o estudo desse gênero para os alunos do 6º ano de uma escola municipal urbana da cidade de Patrocínio/MG. Na primeira etapa, lemos e discutimos em sala de aula o texto ―O Homem Invisível‖ como motivação para a primeira produção escrita de um diário íntimo/ficcional, elaborado durante sete dias pelos alunos. Na sequência, realizamos a leitura d‘A Carta de Pero Vaz de Caminha (para crianças) e de fragmentos do diário de navegação de Cristóvão Colombo para estabelecer a relação entre história e ficção e assim chegarmos aos diários ficcionais Robinson Crusoe e Minha vida de menina. Além dos diários ficcionais, também assistimos à animação As aventuras de Robinson Crusoe e a adaptação cinematográfica Vida de menina. Os resultados foram satisfatórios, pois os alunos se envolveram muito com as leituras e atividades propostas, demonstraram que praticam a escrita de diários em seu dia a dia e que não consideram que seja um gênero exclusivo de meninas, apesar de concordarem que essa ideia ainda prevalece na sociedade atual pelo fato de as meninas se dedicarem mais do que os meninos a este tipo de escrita. A discussão sobre realidade e ficção nas obras lidas foi muito proveitosa, pois chegamos à conclusão de que o diário em si não relata apenas o ―real‖, pois já é uma escrita fragmentada do eu que escreve, visto que esse já não é mais o mesmo do momento em que ocorreram os fatos narrados. Por fim, organizamos as atividades por nós elaboradas e desenvolvidas em um caderno como sugestão para aplicação em sala de aula por outros professores.