Papel do óxido nítrico no transplante alogênico de células mesenquimais estromais na Doença Inflamatória Intestinal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: SOUSA, Beatriz Coutinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Infectologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1816
Resumo: 1 As Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são doenças crônicas 1 recidivantes que resultam 2 em diarréia, dor abdominal, sangramento retal e desnutrição. A inflamação na colite 3 ulcerativa (UC) se restringe à camada mucosa colônica, enquanto que a Doença de Crohn 4 (DC) é caracterizada por infiltrado transmural que pode ocorrer em qualquer parte do trato 5 gastrointestinal. A DC está associada à resposta Th1, a UC representa uma resposta Th2 6 atípica e o padrão Th17 está presente em níveis aumentados na mucosa inflamada de 7 ambas DC e UC. O tratamento rotineiramente utilizado na DII inclui vários fármacos e 8 cirurgias; entretanto, a terapêutica disponível não representa a cura da DII que pode 9 aumentar a suscetibilidade ao câncer cólon-retal, justificando assim a busca por novas 10 modalidades terapêuticas. As células mesenquimais estromais (MSC) são células 11 multipotentes que possuem capacidade imunorreguladora, sendo por isso consideradas 12 importante arma terapêutica para várias doenças inflamatórias crônicas, entre elas a DII. 13 Essas células suprimem a resposta imunológica por vários mecanismos, como pela 14 produção de óxido nítrico (NO), induzido pela ativação da enzima óxido nítrico sintase 15 induzível (iNOS).Neste contexto, este estudo teve como objetivo analisar o potencial terapêutico das MSC provenientes de camundongos WT e MSC iNOS-/- 16 na DII. As MSC foram isoladas da medula óssea de camundongos C57BL/6 WT e C57BL/6 iNOS-/-17 , 18 cultivadas e caracterizadas. A DII foi induzida nos camundongos BALB/c com injeção 19 intrarretal de ácido trinitrobenzeno sulfônico (TNBS). Após a indução da doença, os animais 20 foram tratados com as MSC WT ou deficientes de iNOS e eutanasiados aos 3, 7 e 14 dias 21 para a coleta do intestino e sangue periférico. Foram avaliados parâmetros clínicos e a 22 resposta inflamatória intestinal e sistêmica após o tratamento com MSC. Os resultados 23 mostraram que ambas MSC apresentaram marcadores de superfície e plasticidade inerentes a este tipo celular embora as MSC iNOS-/- 24 tenham apresentado deficiência na 25 diferenciação para osteoblasto. Nos animais tratados houve redução dos sinais clínicos e 26 aumento da sobrevivência, normalização dos leucócitos sistêmicos e alterações nas 27 populações de neutrófilos e eosinófilos infiltrantes no intestino. Ambas as MSC levaram à 28 diminuição da inflamação local e reestabelecimento da arquitetura intestinal, sendo que a 29 regulação do processo inflamatório local foi induzida por vias diferentes. As MSC WT foram capazes de controlar a resposta Th17 gerando aumento de IL-10 enquanto as MSC iNOS-/- 30 31 modularam a imunidade da mucosa intestinal desviando a resposta para o padrão Th2. 32 Finalmente, este estudo contribuiu para a elucidação dos mecanismos que medeiam o 33 potencial terapêutico das MSC na DII.