Efeito da ingestão de nitrito/nitrato na dosagem de óxido nítrico sérico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Leda Maria Ferraz da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27138
Resumo: Introdução: A óxido nítrico sintase gera, a partir de L-arginina e O2, óxido nítrico (NO˙), que é rapidamente oxidado a nitrito/nitrato. A dosagem destes íons circulantes pelo método Griess/Vanádio equivale a produção de NO˙ (NOx). A via Nitrato-Nitrito-NO˙ gera o NO˙ em condições anaeróbicas por redução de nitrato/nitrito provenientes da dieta. Sabendo-se que a meia-vida do nitrato é de 5-6 h, o controle dietético pré-analítico é necessário para evitar artefatos. Hipótese Científica: A prévia ingestão de nitrito/nitrato interfere, diretamente, na determinação de NO˙ sérico pelo método de Griess/Vanádio. Objetivo Geral: Investigar a influência da ingestão de nitrito/nitrato na fase pré-analítica da dosagem quantitativa de NO˙ em amostras sorológicas de indivíduos saudáveis. Objetivo(s) Específico(s): Realizar a avalição nutricional dos participantes da pesquisa, através de exames bioquímicos, antropometria, história clínica e dietética e aferição da pressão arterial; Mensurar indiretamente, através do método de Griess/Vanádio, as concentrações séricas de óxido nítrico de indivíduos submetidos à baixa e alta ingestão de nitrito/nitrato. Material e Métodos: Trata-se de um estudo quantitativo, experimental e analítico de corte transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa-Universidade Federal Fluminense (UFF). Critérios de inclusão: estudantes da UFF, ambos os sexos, faixa etária 20-30 anos. Critérios de exclusão: fumantes, gestantes, lactantes, obesos, hipertensos, dislipidêmicos, disfunção renal, glicemia de jejum alterada/diabetes, doença cardiovascular, câncer e diarreia. Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi agendada a coleta de sangue, com 12 h de jejum noturno e sem controle da ingestão de nitrito/nitrato (dieta livre). Foram realizados testes laboratoriais para caracterização da amostragem, determinação do NOx e aplicação do protocolo de avaliacão nutricional. Os incluídos agendaram as demais coletas e receberam as orientações gerais e dietéticas específicas (baixa ingestão de nitrito/nitrato, alta ingestão de nitrito/nitrato por nitrato de sódio e suco de beterraba (ambas contendo 0,5 g de nitrato). Os resultados foram expressos como média ± desvio-padrão. A probabilidade foi considerada significante para valores de p < 0,05. Resultados: Assinaram o TCLE 50 indivíduos dos quais 18 foram excluídos. A idade média dos participantes (n=32) foi de 23,59 ± 2,58 anos, peso médio de 66,42 ± 12,05 kg, altura média de 1,69 ± 0,08 m. Dos participantes, 22/32 eram eutróficos, 9/32 apresentaram sobrepeso e, 1/32 baixo peso. Analisando a porcentagem de gordura corporal (%GC), somente um indivíduo apresentou valor normal e quatro deles abaixo da normalidade; os demais apresentaram %GC elevada. Os valores de NOx após dieta livre (22,83 ± 11,91 μM) encontraram-se dentro dos valores de referência (10,3–66,8 μM). A dieta com baixa ingestão de nitrato revelou concentrações de NOx significativamente menores (17,24 ± 6,03 μM) que a dieta livre, enquanto a de alta ingestão de nitrato, usando nitrato de sódio ou suco de beterraba, levou à aumento significativo (90,34 ± 32,05 μM e 209,89 ± 94,64 μM, respectivamente). Conclusão: o nitrato dietético é um fator pré-analítico que interfere diretamente na quantificação sérica de NOx em indivíduos jovens saudáveis, devendo, portanto, ser considerada na interpretação dos dados.