A prática da punção venosa na coleta de sangue em recém-nascidos em um hospital público universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Oliveira, Ellen Cristina Vargas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/118
Resumo: Na rotina assistencial ao neonato, é possível perceber a extensa variedade de procedimentos realizados pela equipe de saúde e, neste contexto, a punção venosa periférica é considerada uma prática inerente a essa rotina. Alguns profissionais enfrentam dificuldades na punção venosa devido à estrutura anatômica do recém-nascido (RN) e, para o sucesso na obtenção da amostra sanguínea, os responsáveis pela coleta passam a utilizar procedimentos não padronizados. Este estudo teve como objetivo descrever os materiais utilizados e os procedimentos realizados pelos profissionais da equipe médica e de enfermagem na punção venosa periférica, para a coleta de sangue em neonatos, bem como determinar os escores de adesão às recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS) e sua relação com as características profissionais. Trata-se de um estudo descritivo, seccional e com análise quantitativa. A coleta de dados foi realizada entre os meses de maio a julho de 2013, por meio de um instrumento elaborado, organizado e validado especificamente para a realização desta pesquisa, com base no manual utilizado como referência. Os profissionais, entre técnicos e auxiliares de enfermagem, enfermeiros, pediatras e residentes em pediatria e/ou neonatologia, foram abordados no próprio setor de trabalho e, dos 246 (100%) trabalhadores, 146 (63%) profissionais participaram da pesquisa. Em relação ao procedimento e aos materiais utilizados, o que mais chamou a atenção das pesquisadoras foi o agulhado utilizado para coleta de sangue, em que 39 (26,7%) profissionais utilizam agulha conectada a uma seringa, 51(34,9%) usam agulha comum (25x0, 07 mm ou 25x0, 08 mm), 31(21,2%) utilizam agulha comum (25x0, 07 mm ou 25x0, 08 mm), porém quebram o canhão da agulha, 11(7,5%) relatam utilizar agulha conectada ao scalp/butterfly e 11(7,5%) profissionais marcaram mais de um tipo dentro destes procedimentos, portanto, o procedimento utilizado para punção venosa com vistas à coleta de sangue foi, em alguns pontos, divergente do recomendado pelo MS. Sobre a adesão da técnica preconizada, os profissionais apresentaram escore geral de 62,69, sendo o grupo dos enfermeiros a categoria que mais aderiu às recomendações com escore de 67,98 (DP=7,43). Na correlação entre o escore geral de adesão e as características profissionais, apenas a categoria profissional e turno de trabalho apresentaram significância estatística (P>0,001). Demais correlações foram praticamente nulas, e nenhuma foi estatisticamente significativa, indicando que não há uma relação entre as variáveis tempo e os escores de conhecimento. Conclui-se que a maioria dos profissionais realiza a técnica por meio de procedimentos divergentes do preconizado pelo MS, com a adaptação empírica de materiais, na tentativa de facilitar a punção venosa no RN. Os enfermeiros apresentaram maior escore de adesão, e os médicos, o menor escore. É importante considerar que os profissionais que participaram deste estudo relataram que o procedimento realizado para a coleta de sangue no RN é considerado, por eles, a melhor forma de obter a amostra de sangue, contudo, reitera-se a necessidade de maiores reflexões e estudos complementares acerca da temática deste trabalho.