Ensino remoto: corporeidade (des)conectada na formação inicial de professores
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1112 |
Resumo: | A presente pesquisa tem como foco a seguinte pergunta norteadora: como docentes de cursos de licenciatura da Universidade Federal do Triangulo Mineiro (UFTM), Campus Uberaba, percebem o corpo dos discentes em suas aulas remotas? Neste sentido, nosso objetivo foi investigar como docentes de cursos de licenciatura da UFTM percebem o fenômeno corpo/corporeidade dos alunos, no Ensino Remoto. Mais especificamente pretendemos descrever os sentidos que os docentes atribuem ao corpo dos alunos nesta modalidade de ensino a partir de estudos de Maurice Merleau-Ponty. Acrescenta-se, identificar quais os saberes mobilizados pelos docentes no Ensino Remoto, utilizando como referencial Maurice Tardif, Clermont Gauthier, Dermeval Saviani e Paulo Freire. Para isso, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica do tipo descritiva. A construção do material empírico foi realizada por meio de entrevista estruturada e a análise dos dados se deu pela Técnica de Elaboração e Análise de Unidades de Significado (MOREIRA; SIMÕES; PORTO, 2005). Doze docentes participaram da pesquisa, respondendo duas questões geradoras: “Quais saberes você mobiliza em suas aulas no Ensino Remoto para formar professores?” e “Qual o lugar do corpo do aluno na aprendizagem da sua disciplina no Ensino Remoto?”. Como resultados, encontramos o saber didático-curricular, os saberes disciplinares, saberes da formação profissional e também saberes identificados na obra de Freire aos quais entendemos ter relação com os estudos de Merleau-Ponty sobre a corporeidade. Verificamos ainda que os docentes concebem o corpo no Ensino Remoto como ausente. Concluímos que a maioria dos docentes que participaram desta investigação vem realizando tentativas de inserção dos alunos em suas disciplinas no Ensino Remoto. No entanto, muitos deles não têm a clareza de que esta interação é corpórea e, assim, o dualismo corpo e mente se faz presente. Assim, acreditamos ser necessária a inserção de teorias relacionadas à corporeidade nos cursos de licenciatura, preparando os futuros professores para o desenvolvimento de uma prática de corpo inteiro. Para este propósito, é fundamental o desenvolvimento de cursos de formação continuada, voltados aos docentes das licenciaturas, buscando a superação do dualismo psicofísico. |