Relação entre o sítio de implantação do Cateter Venoso Central de Inserção Periférica e as causas da sua remoção
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/214 |
Resumo: | Os avanços tecnológicos conquistados na área científica vêm favorecendo a manutenção da vida de recém-nascidos (RNs), requerendo maior exigência de profissionais especializados para a oferta de uma assistência qualificada. Em determinados quadros clínicos, é inevitável a utilização de cateteres venosos centrais em neonatos. Devido à facilidade de punção, tempo de permanência prolongado e reduzido risco de complicações, o Cateter Venoso Central de Inserção Periférica (PICC) vem sendo utilizado em larga escala, permitindo a esta população de pele frágil e pequenas veias um acesso venoso seguro e estável. Apesar dos inúmeros benefícios, a literatura aponta um conjunto de complicações, muitas vezes, resultando em remoção precoce do cateter. Diante disso, essa pesquisa tem por objetivo descrever a incidência da remoção do PICC e analisar a relação existente entre o sítio de inserção e o surgimento de complicações. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, com abordagem retrospectiva. Realizou-se; coleta de dados junto ao prontuário médico e a ficha de acompanhamento do cliente com PICC. Participaram da pesquisa neonatos internados na Unidade de Cuidados Intermediários – Berçário e Unidade de Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro de Uberaba-Minas Gerais, que receberam terapia intravenosa por meio do PICC. A análise estatística dos dados foi realizada por meio de medidas de tendência central, tabelas de frequência simples e tabelas de contingência. Foram submetidos ao procedimento de inserção do PICC durante o período de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014, 378 RNs, totalizando 616 implantações. Houve predomínio do sexo masculino, declarados de cor branca, em sua maioria procedente de Uberaba, baixo peso ao nascer, sem necessidade de reanimação em sala de parto, sendo o principal diagnóstico à admissão Síndrome do Desconforto Respiratório do RN. Em relação à inserção do PICC, 56,6% dos RNs foram cateterizados apenas uma vez, porém obtendo-se prevalência de complicações de 63,0%, sendo que 57,3% inserções foram realizadas nos membros superiores, na qual a veia mais utilizada foi a mediana cubital esquerda (10,7%). Dos PICCs inseridos nos membros superiores, 54,5% apresentaram complicações, sendo a obstrução a mais frequente (20,4%). Nos PICCs inseridos nos membros inferiores, 70,0% apresentaram complicações, sendo a obstrução (22,6%) e a infecção (18,7%) as mais recorrentes. E, quanto aos PICCs inseridos na região céfalo-cervical, 54,3% apresentaram complicações, sendo a obstrução (17,5%) e a tração acidental (13,0%) as mais comuns. Frente ao surgimento dessas complicações, procede-se com a remoção do cateter. A terapia intravenosa apresenta caráter essencial na sobrevida dessa população, sendo indispensável a sua realização e, por isso, cada vez mais presente nos serviços de assistência neonatal. Assim, torna-se essencial a capacitação do enfermeiro que atua nessa área, fundamentando o correto manuseio do PICC e prevenindo o surgimento de complicações. Por esta razão, destaca-se a importância da elaboração e da padronização dos cuidados prestada mediante a implementação de um protocolo clínico que vise à inserção, a manutenção e a retirado do cateter, bem como a orientação e a educação permanente dos profissionais. |