Estroma e neoplasias ovarianas: papel da alfa-actina de músculo liso e da proteína alfa de ativação dos fibroblastos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Ana Carolinne da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1346
Resumo: Introdução: O câncer de ovário é um dos tipos de tumores ginecológicos que causam mais óbitos em todo mundo, apresentando uma pequena taxa de sobrevida global. É uma doença insidiosa e é comumente diagnosticada em estadiamentos mais avançados, podendo apresentar rápida evolução. Estudos demonstram que o crescimento tumoral não é determinado apenas pelas células malignas, já que as interações entre as células cancerosas e o compartimento estromal têm impactos importantes no crescimento e progressão do câncer. Os tipos celulares de extrema importância no estroma tumoral são os fibroblastos associados ao câncer, e de acordo com estudos retrospectivos, eles têm um papel funcional importante em relação às células nos processos de metástase e progressão devido a interação célula-acélula e fatores solúveis, responsáveis pela secreção de citocinas, componentes da matriz extracelular e quimiocinas. Objetivos: Investigar a expressão imunohistoquímica de dois marcadores de fibroblastos associados ao câncer, a α - actina de músculo liso (α-SMA) e a proteína α de ativação dos fibroblastos (FAP) no compartimento estromal de neoplasias benignas e malignas epiteliais de ovário, e relacionar a expressão destas no compartimento estromal com fatores prognósticos no carcinoma epitelial de ovário. Materiais e Métodos: Foram avaliadas prospectivamente 56 pacientes que se submeteram a tratamento cirúrgico por cisto ovariano e com diagnóstico confirmado de neoplasia ovariana. 8 Foi realizado o estudo imunohistoquímico para α - actina de músculo liso e a proteína α de ativação dos fibroblastos. Os fatores prognósticos foram avaliados usando o Teste Exato de Fisher. O nível de significância foi inferior a 0,05. Resultados: Das 56 pacientes avaliadas, 28 tinham neoplasias malignas de ovário e 28 neoplasias benignas. A marcação imunohistoquímica da proteína α de ativação dos fibroblastos foi mais expressiva nas neoplasias malignas quando comparado com as benignas (0,0366). Em relação à imunomarcação de α-actina de músculo liso, não houve significância estatística. Na avaliação imunohistoquímica da proteína α de ativação dos fibroblastos, os graus histológicos 2 e 3 foram significativamente relacionados com imunohistoquímica de marcação 2/3 (p = 0,0183). Não houve diferença significativa em relação aos outros fatores prognósticos estudados. Conclusão: A imunomarcação de FAP é mais intensa em neoplasias malignas que em neoplasias benignas de ovário, e também em neoplasias malignas moderadamente diferenciadas e indiferenciadas comparada com neoplasias bem diferenciadas, sugerindo ser marcador de pior prognóstico. Assim, a FAP, no futuro, pode ser um caminho para novas terapias-alvo no câncer de ovário.