Alterações do estroma e parâmetros inflamatórios hematológicos no câncer de colo uterino avançado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: OTANO, Sérgio Santana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1633
Resumo: OBJETIVOS: Os objetivos do estudo foram comparar, no período pré-tratamento, o estroma do colo (alfa-actina de músculo liso e proteína alfa de ativação de fibroblastos) em pacientes com câncer do colo avançado (estádio maior ou igual a IIB) com o grupo controle (pacientes submetidas a histerectomia por miomatose uterina); comparar, no período pré-tratamento, parâmetros do hemograma (plaquetas, relação neutrófilo-linfócito – RNL, relação plaquetalinfócito – RPL, RDW) em pacientes com câncer do colo avançado (estádio maior ou igual a IIB) com os mesmos parâmetros do grupo controle (pacientes submetidas a histerectomia por miomatose uterina); e em câncer do colo, verificar se há associação da imunomarcação dos marcadores do estroma com fatores prognósticos patológicos (tipo histológico, grau histológico e grau de diferenciação) e sistêmicos (plaquetas, RNL, RPL e RDW). MÉTODOS: Foram avaliadas prospectivamente 16 pacientes com diagnóstico de carcinoma invasivo do colo uterino estadiamento avançado (maior ou igual a IIB), confirmados por biópsia. Foram anotados do prontuário dados clínicos, citologia oncótica, parâmetros do hemograma (neutrófilos, linfócitos, plaquetas, RDW) e biópsia em banco de dados específico para o estudo. Um grupo controle de 22 pacientes foi utilizado (pacientes submetidas a histerectomia por mioma). Foi realizado imuno-histoquímica para verificar a imunomarcação estromal de alfa-actina de músculo liso (SMA) e proteína alfa de ativação de fibroblastos (FAP) em biopsia de colo de pacientes do grupo de estudo e do grupo controle. As imunomarcações dos marcadores de estroma foram comparadas entre os grupos através do teste exato de Fisher. Os resultados dos parâmetros de hemograma foram comparados entre os grupos através de Teste Mann-Whitney. As diferenças serão consideradas significativas para p<0,05. RESULTADOS: A imunomarcação forte (2/3) por FAP foi mais frequente em pacientes com câncer do colo uterino quando comparado com pacientes com mioma (grupo controle) (p=0.0005). Em relação a SMA, a imunomarcação forte (2/3) também foi mais encontrada no grupo de pacientes com câncer comparado ao grupo de pacientes com mioma (p < 0.00001). Os valores de RNL foram mais elevados no grupo de pacientes com câncer comparado com o grupo controle (p=0,0019). Em relação aos valores de RPL, esses foram também mais altos no grupo câncer que no grupo de leiomioma, mas no limiar de significância (p=0.0675). Não houve diferença significante na avaliação dos 2 marcadores de estroma em câncer do colo uterino no estudo de fatores prognósticos patológicos (estadiamento e grau histológico) e nem no estudo de fatores sistêmicos. CONCLUSÃO: A imunomarcação forte (2/3) por FAP e SMA foram mais encontradas no grupo de pacientes com câncer do colo uterino quando comparado com o grupo de pacientes com mioma. Os valores de RNL foram mais elevados no grupo de pacientes com câncer quando comparado com o grupo controle.