Moléculas de adesão em metástases pulmonares e hepáticas de tumor de mama experimental submetidos à imunoterapia com vacina de células dentríticas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: ABREU, Taíssa Nayara Lemos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1649
Resumo: Tanto a metástase quanto os processos envolvidos na disseminação de células cancerosas da lesão primária para outros órgãos, abrangem uma variedade de mecanismos que incluem a invasão ou a convivência com o estroma e escape da vigilância do sistema imune que inibe ou associa seus processos antitumorigênicos. As moléculas de adesão têm sido estudadas com o objetivo de compreender seu papel no câncer de mama, com a finalidade de relacionar essas descobertas com o desenvolvimento terapêutico visto que algumas dessas moléculas têm funções de ativação e migração celular que influenciam diretamente a resposta imune pró-inflamatória. Estudos publicados por nosso grupo de pesquisa demonstram que a vacina de células dendríticas administrada de forma preventiva possui a capacidade de reduzir metástases pulmonares e hepáticas. Contudo, resta esclarecer se as moléculas de adesão poderiam estar envolvidas nesta redução. Dentre os objetivos do estudo, procuramos analisar se a presença das moléculas de adesão CD40, CD54, CD62L, CD102, CD106 e CD152 no pulmão e no fígado do grupo vacinado está correlacionado à redução metastática nesses órgãos, bem como avaliar os níveis de óxido nítrico e a concentração das citocinas IL-1β, IL-6 e TNF-α. Para isso, foram utilizadas 25 camundongos fêmeas da linhagem isogênica Balb/c, onde 7 animais foram separados para um grupo controle livre de interferências, e 3 animais foram utilizados para a confecção de vacina de células dendríticas. Os animais restantes foram divididos em 2 grupos, um grupo vacinado profilaticamente (n = 7) e submetido à indução tumoral e outro grupo com animais submetidos apenas à indução tumoral (n = 8), sendo utilizadas amostras de fígado e pulmão desses animais de ambos os grupos, bem como amostras de células esplênicas. As amostras de fígado e pulmão emblocadas em parafina foram posteriormente analisadas por técnica de Imunofluorescência para investigação das moléculas de adesão, enquanto outra parte foi submetida ao processo de extração de proteínas para análise através da técnica de ELISA. As dosagens e óxido nítrico foram realizadas no sobrenadante de cultura de células esplênicas. Os resultados demonstraram que a Intensidade Média de Fluorescência (MFI) encontra-se aumentada nas moléculas CD40 (p=0,0023), CD54 (P = 0,0030), e CD152 (p < 0,0001) nos fígados do grupo vacinado e sem significância estatística na molécula CD106 (p = 0,1585) do mesmo grupo. Já as moléculas CD62L (p <0,0001) e CD102 (p <0,0001) se encontravam aumentadas nas amostras de fígado do grupo que não foi vacinado. Quanto às análises de amostra do pulmão, constatou-se o aumento nas moléculas CD62L (p < 0,0001), CD102 (p < 0,0001) e CD152 (p < 0,0001) no grupo vacinado. Não houve estatística significante em CD40 9 (p = 0,2876) e CD106 (p = 0,8070) no mesmo grupo. Já o aumento nas amostras de pulmão do grupo não vacinado, foi visto na molécula CD54 (p = 0,0010). Com relação aos níveis de óxido nítrico, os valores se encontraram aumentados no grupo vacinado da cultura estimulada com LPS (p = 0,0576). Já a citocina IL-1β estava aumentada no fígado do grupo vacinado (p < 0,0046), a citocina IL-6 não mostrou relevância estatística em ambos os órgãos do grupo (p < 0,4818) e a citocina TNF- também em ambos os órgãos do grupo (p <0,0982). Esses achados direcionam o entendimento da importância de um mecanismo que promova o equilíbrio da expressão dessas moléculas de adesão no organismo, para que haja um direcionamento leucocitário adequada e eficiente durante o combate antitumoral. E as células dendríticas sendo eficazes mediadoras da resposta ativada por linfócitos T demonstrou envolvimento nesse direcionamento celular. Portanto a vacinação profilática com células dendríticas, possui a capacidade de modular a resposta antitumoral mesmo sem prévia estimulação específica das moléculas de adesão, que por sua vez possuem a capacidade de direcionar o comportamento migratório das células tumorais.