Trabalho remoto: análise sobre as características e percepções de técnicos administrativos atuantes durante a pandemia do novo coronavírus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: ZAGATI, Suzana da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
Brasil
UFTM
Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1254
Resumo: Como medida de proteção para enfrentamento da emergência de saúde pública, os servidores de universidades públicas federais puderam executar suas atividades remotamente, quando possível, enquanto perdurasse a situação decorrente do Coronavírus. A presente pesquisa tem como objetivo geral Analisar as características e percepções dos Técnicos Administrativos de Universidades Federais, em relação ao trabalho remoto, durante a pandemia do novo Coronavírus. Participaram 975 Técnicos Administrativos que trabalharam em home office durante o período da pandemia. Trata-se de uma investigação de caráter analítico, transversal e observacional. Os dados foram obtidos por meio de questionário web survey, criado utilizando o Google Gsuite. Os dados foram enviados para uma planilha do Excel e, posteriormente, importados para o software livre R para análise estatística, por meio de frequências absolutas e percentuais para as variáveis categóricas, e medidas de centralidade (média ou mediana) e de dispersão (desvio padrão ou mínimo e máximo) para as numéricas; sendo aplicado o teste quiquadrado. O nível de significância (α) foi de 5%, sendo os testes considerados significativos quando p<0,05. Predominou o sexo feminino, casados, sendo do cargo assistente em administração, possuíam especialização lato sensu e não tinham filhos em idade escolar. Informaram não ter trabalhado, na mesma residência, com outra pessoa de forma remota durante a pandemia e que tinham nenhuma experiência em trabalhar remotamente. O maior percentual mencionou ter utilizado muito frequentemente o notebook ou laptop, smartphone e roteador e nunca terem utilizado equipamentos ergonômicos. Predominaram os servidores muito satisfeitos com a utilização do e-mail, google documentos, google drive, google formulários, google meet, SEI e WhatsApp. Assim como, não realizaram curso de capacitação para utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) antes ou durante a pandemia. Relataram ser vantajoso realizar suas atividades de forma remota durante a pandemia, no que se refere a flexibilidade no horário de trabalho, redução de gastos com transporte, diminuição do tempo gasto com deslocamento. Assim como, maior concentração para o desempenho do trabalho, menor interrupção durante o trabalho remoto, poder estabelecer os próprios horários, maior proximidade com familiares, entretanto no que diz respeito a recursos ergonômicos apropriados disseram não ser vantajoso. Consideraram a falta de contato direto, no mesmo ambiente físico, com outras pessoas e realizar atividades além do horário determinado como remoto muito desvantajoso, citaram ainda ser extremamente desvantajoso separar o espaço de trabalho e o ambiente doméstico. As dificuldades com conexão de internet, com o uso das TICs, falta de treinamento específico, conciliar as atividades domésticas com as atividades remotas; além das desvantagens em relação a sobrecarga de trabalho estiveram associadas ao sexo feminino. Bem como à redução de gastos com transporte, menor interrupção durante o trabalho, à satisfação com a realização das atividades laborais de forma remota foram associadas à faixa etária. No que diz respeito a considerarem viável que sua instituição aderisse ao teletrabalho após o período da pandemia, 44% responderam que concordam totalmente e 39% concordam parcialmente. Espera-se que os resultados obtidos possam contribuir para ampliar o conhecimento sobre o trabalho remoto desenvolvido por técnicos administrativos de universidades públicas do Brasil.