Comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme: revisão integrativa da literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: LIMA, Fabiana Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1202
Resumo: O processo de adoecimento por uma doença genética, crônica e degenerativa, como a anemia falciforme, requer mudanças nos hábitos de vida, além de cuidados contínuos e prolongados, fazendo com que estas pessoas necessitem dos serviços de saúde com frequência. Isso faz com que se tornem mais frágeis e vulneráveis ao sofrimento físico e emocional, o qual demanda uma assistência à saúde ampliada, integral e complexa. Para isso, se faz necessária a utilização de tecnologias e sua implementação nos serviços de saúde. Considerando-se a tecnologia leve como instrumento potente para viabilizar assistência à saúde de qualidade, é oportuno destacar a comunicação como uma de suas ferramentas, sendo algo inerente ao ser humano, que deve estar presente no processo relacional entre pacientes, profissionais, instituições e familiares. Neste estudo, objetivou-se analisar as evidências disponíveis na literatura científica a respeito da comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme. Trata-se de uma revisão integrativa cuja busca dos estudos primários foi realizada nas bases de dados PubMed, LILACS, Embase e CINAHL. A amostra foi composta por quatro estudos primários, agrupados, por afinidade temática, em duas categorias: “A dor como algo invisível e mal compreendido pelos profissionais de saúde” e “Facilitadores e dificultadores para a comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme”. Os dados evidenciam que, por se tratar de algo subjetivo e que não pode ser mensurado com precisão, o autorrelato da dor não é compreendido e bem aceito pelos profissionais de saúde. Devido à demanda das pessoas com anemia falciforme por medicamentos potentes para o alívio da dor, muitos profissionais acreditam que elas são viciadas em opioides. Além disso, a própria presença da dor dificulta o relato e a comunicação destes indivíduos com a equipe de saúde. É importante que haja uma comunicação eficaz dentro das famílias, comunidade e serviços de saúde com vistas ao conhecimento da transmissão genética da anemia falciforme bem como dos sinais e sintomas de agravos da doença. A comunicação eficaz pode prevenir hospitalizações e diminuir reinternações, proporcionando satisfação e contentamento de pacientes e familiares. A falta de conhecimento da própria doença pelas pessoas acometidas, a dificuldade em transitar entre os serviços de saúde e o tratamento inadequado da dor contribuem para que adoecido e família tenham experiências e desfechos negativos na assistência à saúde. Outro aspecto dificultador para a comunicação entre profissionais de saúde e pessoas com anemia falciforme refere-se ao preconceito racial vivenciado por esses indivíduos, por serem em sua maioria da cor negra. O uso adequado das tecnologias em saúde como a comunicação é indispensável para que o indivíduo possa compreender e ser compreendido em sua totalidade, frente às relações construídas. A fim de alcançar uma assistência de qualidade, o cuidado deve estar voltado não somente para as questões técnico-científicas, mas também para as questões emocionais que dizem respeito às competências humanas.