Práticas contraceptivas de puérperas atendidas em um hospital universitário.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Parreira, Bibiane Dias Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/130
Resumo: Este estudo teve como objetivo geral descrever as práticas contraceptivas de puérperas atendidas em um hospital universitário e, como objetivos específicos, descrever características sócio-demográficas das puérperas; o perfil das puérperas quanto à história ginecológica e obstétrica e de planejamento da gravidez atual; o perfil das puérperas quanto às características de conhecimento, uso, indicação, orientação recebida, satisfação, local de obtenção e dificuldades sobre os métodos anticoncepcionais (MAC); o perfil das puérperas sobre as intenções de ter filhos, número de filhos, intervalo de espera, uso, local de obtenção e orientação sobre MAC. Trata-se de estudo descritivo, quantitativo, transversal. O grupo foi composto por 358 puérperas, internadas nas enfermarias de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba - MG. A idade das participantes variou de 12 a 44 anos. As puérperas eram, predominantemente, casadas/moravam com companheiro, católicas, tinham de cinco a oito anos de estudo, não possuíam nenhuma renda, nem ocupação remunerada e eram procedentes do próprio município. Entre as participantes, 65,6% não planejaram a gravidez atual e 59,5% usaram algum MAC antes da gestação. Os métodos mais conhecidos pelas puérperas foram o anticoncepcional oral e o preservativo masculino. Entre as mulheres, 97,5% referiram já ter usado algum MAC, sendo os mais usados o preservativo masculino (91,4%) e o anticoncepcional oral (80,8%). As indicações e orientações sobre os MAC tiveram diversas fontes, destacando-se o profissional de saúde e ninguém . O principal local de obtenção dos MAC foi à farmácia. A maioria relatou não ter dificuldades para adquirí-los. As dificuldades apresentadas foram: o método não estar disponível todo mês no serviço de saúde e o preço. As mulheres referiram insatisfação, principalmente, com relação ao uso do preservativo masculino e feminino e injetável trimestral. Não houve dificuldade no uso adequado dos MAC pela maioria das entrevistadas, as apresentadas estiveram relacionadas ao esquecimento da pílula e dificuldade de engolí-la, de colocar o método de barreira e identificar o período fértil. Evidenciou-se que as puérperas não receberam orientações sobre os MAC no pré-natal (67,5%) e no puerpério (94,5%). Grande parte das mulheres referiu não pretender ter mais filhos e desejar usar algum MAC após o parto, o mais citado foi o anticoncepcional oral (31,4%). Elas referiram como principal local de obtenção do MAC, após o parto, a farmácia e como principal profissional procurado para orientá-las, o médico. Conclui-se que as participantes conheciam e já utilizaram algum MAC, não apresentaram dificuldades no acesso e receberam indicações e orientações sobre os métodos de diversas fontes. Pretendiam utilizar algum contraceptivo após o parto, entretanto foram poucas as orientações sobre MAC no pré-natal e puerpério. Salienta-se que o puerpério é um importante momento para ações assistenciais e educativas voltadas à regulação da fecundidade.