Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Anunciação, Sara Moreira
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Orientador(a): |
Ramos, Helton Estrela
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Banca de defesa: |
Ramos, Helton Estrela
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Jesus, Rosângela Passos de
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Macedo, Mariana de Souza
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM)
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Departamento: |
Instituto de Ciências da Saúde - ICS
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36454
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Resumo: |
A COVID-19 tornou-se uma das mais graves pandemias da história mundial. É uma doença que desencadeia uma cascata inflamatória exacerbada, demonstrando a relevância de micronutrientes específicos na atenuação do quadro clínico. O selênio tem adquirido destaque devido à sua associação com a redução da incidência de infecções, à melhora imunológica e antioxidante, além de contribuir no adequado funcionamento da tireoide. No Brasil, inexistem estudos que avaliem a relação de status de selênio na COVID-19, em pacientes hospitalizados, e sua associação com marcadores de gravidade clínica, inflamatórios e de função tireoidiana. Com base nesse fato, o estudo teve como objetivo avaliar biomarcadores inflamatórios, clínicos, assim como complicações tireoidianas relacionados ao status de selênio urinário em pacientes hospitalizados com COVID-19 moderada e grave. Trata-se de um estudo de corte transversal, alinhado com outro do tipo de coorte, descritivo, observacional e prospectivo. A amostra foi constituída por 121 pacientes com COVID-19, admitidos em unidades de enfermaria. Excluíram-se do estudo pacientes críticos, com história de doenças da tireoide, gestantes e que fizeram uso de medicações que interferem no metabolismo da tireoide ou uso de contraste iodado nos últimos seis meses. Todos os pacientes do estudo obtiveram diagnóstico confirmado para SARS-CoV-2, por meio da reação em cadeia da polimerase por transcriptase reversa quantitativa de amostras do trato respiratório. Os pacientes foram submetidos à dosagem de biomarcadores hormonais e imunológicos (hormônio tiroestimulante da tireoide, triiodotironina livre, tiroxina livre, triiodotironina reversa, tireoglobulina, interleucina 6, dímero D, proteína C-reativa, desidrogenase lática). As amostras de urina foram coletadas nas primeiras 48 horas para análise do selênio. Para gravidade clínica, utilizaram-se escores NEWS2 e qSOFA e, para avaliação nutricional, o índice de massa corporal. Os pacientes foram divididos em tercis. A média total de selênio urinário foi de 33,8 (DP=18,8 μg/L), mediana de 31,0 μg/L. 94,2% dos pacientes apresentaram selênio urinário normal, considerando a faixa para pessoas saudáveis. A maioria dos pacientes que apresentavam selênio urinário no tercil mais baixo eram idosos (N=22; 55%). Quanto aos obesos, apresentaram maiores níveis de selênio no tercil 3 (N=28; 78,6%). Síndrome da Doença Não Tireoidiana, apareceu com 5,7% dos com a alteração (p=0,008). Outras comorbidades e escores de gravidade foram semelhantes entre a população e entre os grupos. Correlação negativa de Spearman sem significância estatística foi observada entre o selênio urinário e todas as proteínas marcadoras de inflamação: Interleucina 6, d-dímero e proteína C-reativa (ρ <0; p>0,05), exceto com desidrogenase láctica, mas também sem significância estatística (ρ=0,085; p>0,05). Os pacientes, em geral, apresentaram níveis adequados de excreção urinária de selênio, considerando a faixa normal para uma população saudável. Em indivíduos obesos, esse resultado foi controverso, dadas as alterações no metabolismo do selênio em situações de adiposidade, disfunção hepática e renal. Encontrou-se alta prevalência de idosos com níveis mais baixos de selênio urinário. Não foram observadas diferenças estatisticamente significantes entre os escores de gravidade clínica, biomarcadores inflamatórios e selênio urinário. A tireoidite foi a complicação da tireoide mais prevalente no estudo. |