O imaginário do "professor-herói" na cultura da escola pública do estado de Minas Gerais
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Educação, Letras, Artes, Ciências Humanas e Sociais - IELACHS::Curso de Graduação em Letras Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Educação |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1142 |
Resumo: | Neste trabalho, desenvolvemos uma pertinente reflexão e crítica relacionada à cultura, à expressão, à dimensão e à utilidade da figura do “herói” ao homem contemporâneo; correlacionando o debate do “individualismo” na sociedade, os mecanismos utilizados no processo de construção, pensando sobre esta individualidade nos dias atuais e sobre a necessidade de se buscar particularmente no locus social Escola Pública, um “professor-herói”, um “salvador da educação”. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, analítico-descritiva de forma interpretativista. A proposta de investigação foi desenvolvida em duas (02) Escolas Públicas da Rede Estadual, ambas com contingentes acima de quinhentos (500) alunos e situadas na cidade de Uberaba/MG. Tal análise foi delimitada envolvendo percepções acerca da realidade docente e das relações pedagógicas, demonstradas através de depoimentos de docentes, de alunos e de pais ou de responsáveis que participavam assiduamente do cotidiano das escolas pesquisadas, totalizando treze (13) pessoas incluídas na pesquisa. Os dados obtidos foram tratados pela técnica denominada Análise de Conteúdo, descrita por Bardin (2009). Apresentaremos ainda, estudo e revisão bibliográfica, buscando embasamento teórico, oportunizando observações e abordagens comparativas de tais formulações teórico-textuais com a praxis cotidiana conjuntural dos ambientes escolares escolhidos. Contudo, buscamos realizar um aprofundamento deste estudo, inclusive promovendo uma abordagem acerca da função social desta simbologia e os seus efeitos. A pesquisa nos revelou que há uma instabilidade quanto a verdadeira função ou atribuição da profissão-professor na contemporaneidade. Explicitamente, todos os entrevistados, cada um a seu modo, mesmo reconhecendo o protagonismo da “profissão-professor”, fizeram menção ou associação do trabalho docente a um “dom”, “talento”, “missão/chamamento”, “sacerdócio”, “vocação”, “amor” e “polivalência”, que nos remeteram à figura do “professor-herói”. Entretanto, há uma interface que transita simbolicamente entre as duas representações, pois nove (09) dos treze (13) entrevistados (os mesmos sujeitos), em seus dizeres, remeteram-nos, também, à figura do “professor-vilão”, pelo fato de estar vinculados a algumas das nossas categorias criadas: “culpado”; ou “especialista/profissional”; ou “perdedor/negligente”. Preliminarmente, percebemos um professor “herói”; porém, considerando esta perceptível interconexão, inversamente, ele poderá se tornar “vilão” ao relacionarmos às estruturas políticas, socioculturais e às condições de funcionamento das instituições pesquisadas. |