A jornada do vilão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Nunes, Jonathan Eliã de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/250060
Resumo: Na literatura e na arte não encontramos uma profunda discussão teórica acerca da figura do vilão ou reflexões sobre a sua constituição. Para a Vladimir Propp, por exemplo, teórico da literatura, os personagens que constituem uma obra narrativa – inclui-se o vilão – assumem-se funções, dispositivos que trabalham para o bem-maior da narrativa. O antagonista, em Propp, funciona para gerar desconforto no herói, desafiar seu egocentrismo, a fim de que o protagonista se desenvolva e progrida, inicie seu processo de individuação. Para Christopher Vogler e Joseph Campbell, as perspectivas conversam entre si, pois a partir da narrativa mítica, os personagens são abordados como máscaras, facetas que compõem o todo estético do herói e agem na progressão do enredo, funcionando como um catalisador da própria narrativa. As duas perspectivas, em primeira análise, convergem na função do vilão em questionar, desequilibrar o status quo, refletir o lado sombrio do herói para, ao final, ser sobrepujado. No entanto, o vilão para nós não é tão simples. A partir do conceito de protocolos ficcionais (ECO, 1994) estabelecidos, analisaremos o personagem Lord Voldemort, originário da obra Harry Potter (1997 - 2007) a fim de que, ao decorrer da pesquisa, seja possível definir padrões, características em comum e recorrências. A presente pesquisa propõe um debate sobre a constituição do vilão, caracteriza-se por cotejo e supõe etapas de descrição, análise e interpretação do corpus. Ao decorrer da pesquisa, conforme a conveniência, lançaremos mão dos conceitos de Joseph Campbell, Christopher Vogler, Carl Gustav Jung, Umberto Eco, entre outros, a fim de promover um aprofundamento e o vislumbre inicial de uma possível jornada do vilão.