Quando a divulgação científica é feita às avessas: negacionismo científico e pseudociência por meio do YouTube.
Ano de defesa: | 2023 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação Brasil UFTM Curso de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas - Bioquímica, Fisiologia e Farmacologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1700 |
Resumo: | Atualmente, com a utilização de tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), as informações circulam de maneira fácil e rápida. Porém, a facilidade de disseminação do conhecimento também permite que a desinformação e as falsas alegações sobre Ciência sejam espalhadas. De forma mais ampla, podemos compreender esses conteúdos como sendo pseudocientíficos, negacionistas ou ainda Fake News de caráter científico, e todos trazem contribuições negativas para o desenvolvimento, entendimento e o conhecimento da ciência. Esta pesquisa buscou compreender, a partir da análise de vídeos da plataforma YouTube, como estas temáticas são apresentadas, que discurso utilizam e qual o alcance de público elas têm. A pesquisa foi dividida em duas etapas interrelacionadas. Na primeira, procedemos o levantamento de trabalhos acadêmicos sobre a temática no Portal de Periódicos da CAPES, em um recorte dos últimos 5 anos (2017 a 2021), de modo a entender melhor como as pesquisas têm abordado o assunto. Esta busca propiciou a formação de uma base de dados, resultando em 32 trabalhos selecionados, que nortearam a segunda etapa da pesquisa, ou seja, a busca por vídeos no YouTube, dos quais 24 foram selecionados para a análise, visto que a temática desses vídeos estava relacionada aos temas centrais desta pesquisa. Assim, a pesquisa é de dupla natureza, qualitativa e quantitativa, pautada em um viés de estudo exploratório. Os materiais construídos na pesquisa foram organizados e analisados a partir da análise de conteúdo. Como resultados, pudemos observar que os vídeos são mais argumentativos, tanto para contestar as pseudociências ou o negacionismo, quanto para apoiar a não-ciência. Enquanto os trabalhos acadêmicos se preocupam em descrever os termos pseudociência e negacionismo que utilizam, os vídeos pouco apresentam essas descrições. É interessante pontuar também que muitos vídeos são apresentados por não especialistas, mostrando o espaço que estes têm na publicização da não-ciência. Se os temas são apresentados em vídeos críticos, então são acompanhados das devidas fontes. Esses resultados com posicionamentos críticos são positivos para a ciência, indicando que a divulgação científica se mantém firme, embora a divulgação às avessas da ciência, que apoia a não-ciência, ainda seja expressiva no YouTube. |