Assistência à pessoa com estomia intestinal no discurso do enfermeiro da atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GOULART, Mayla Borges
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/727
Resumo: A assistência à pessoa com estomia intestinal é frequentemente iniciada em ambiente hospitalar e tem continuidade na Atenção Primária à Saúde. A participação da família no cuidado é um aspecto facilitador para a superação das dificuldades vivenciadas pela pessoa com estomia. Outro fator condicionante, porém, esse relacionado à comunidade, envolve a assistência integral e humanizada à saúde, em especial do enfermeiro, da Estratégia Saúde da Família, profissional que encoraja o desenvolvimento de habilidades adaptativas para o autocuidado. O estudo buscou, por meio do delineamento qualitativo, desvelar a percepção dos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família sobre a assistência de enfermagem à pessoa com estomia intestinal e sua família. Escolheu-se utilizar como base referencial o Modelo Conceitual de Sister Callista Roy, em que o propósito da enfermagem é proporcionar condições para a estabilidade com o ambiente prevenindo a perda energética em busca de equilíbrio. O projeto de pesquisa adotou os princípios éticos da resolução CNS nº 466/2012 e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da Universidade Federal do Triângulo Mineiro sob CAAE nº 79261717.0.0000.5154. Foram entrevistados 34 enfermeiros da Estratégia Saúde da Família do município de Uberaba/MG, durante os meses de maio e junho de 2018. A análise dos depoimentos coletados se fez por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo utilizando o software DSCsoft. Observa-se que os enfermeiros percebem as repercussões da estomia intestinal, valorizam a adoção de práticas educativas para a autonomia dos sujeitos e buscam uma assistência integral à saúde em visitas domiciliares e consulta de enfermagem. Entretanto, revelam-se condições de trabalho desafiadoras, carência de conhecimento sobre a temática e insegurança para prestar o cuidado às pessoas com estomia intestinal. Sugere-se uma constante necessidade de capacitação em virtude do surgimento de novas tecnologias e rotatividade dos profissionais. Salienta-se, portanto, que a dimensão do cuidar é vista muito além do fazer técnico-científico, em que a pessoa e sua família estão envolvidas na continuidade do cuidado para o pleno alcance da reabilitação.