Diferenciação in vitro de células-tronco mesenquimais de ratos wistar em células neuron-like catecolaminérgicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: MENDES FILHO, Daniel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/865
Resumo: Células-tronco mesenquimais (MSCs) são células-tronco adultas encontradas em diferentes tecidos e capazes de secretar moléculas bioativas, migrar para locais de injúria tecidual e se diferenciar em células de diversas linhagens. Tais características embasaram anos de pesquisa empregando MSCs em modelos experimentais de doença de Parkinson, uma doença neurodegenerativa caracterizada pela perda de neurônios dopaminérgicos da via nigro-estriatal (entre a substância negra, parte compacta e o corpo estriado). Inúmeros trabalhos demonstraram o efeito neurorregenerador das MSCs sobre essas vias dopaminérgicas perdidas, levando à melhoria nos sintomas. Apesar de todo esse potencial terapêutico, há de se encontrar meios de tornar essas células mais eficientes para um tratamento curativo da doença. Nesse intuito, um passo importante é buscar um protocolo para aumentar a eficiência terapêutica de MSCs de rato por meio de diferenciação prévia, uma vez que esse animal é um dos principais modelos de experimentação e estudo da doença de Parkinson. Por isso, o presente trabalho testou um protocolo de diferenciação prévia de MSCs em células neuron-like dopaminérgicas usando CoCl2 – que ativa o fator transcricional induzido por hipóxia -1 (HIF-1) - e Y-27632, o qual inibe a enzima Rho quinase (ROCK). Para tanto, foram utilizadas células-tronco mesenquimais de medula óssea (bmMSCs) de ratos Wistar cultivadas até entre a quarta passagem e a sétima passagem.As bmMSCs foram separadas em três grupos: G1, no qual elas foram mantidas em meio de cultura; G2, onde elas foram tratadas com CoCl2 por 72 horas; e G3, no qual as bmMSCs foram incubadas com CoCl2 e Y-27632 pelo mesmo tempo. Ao longo de três dias (72 horas) as células foram analisadas à microscopia de contraste de fase. Em seguida, as células foram submetidas à marcação por imunofluorescência para a enzima tirosina hidroxilase (TH) e para a proteína 2 associada à microtúbulo (MAP-2). Algumas células foram separadas para ensaio com ácido glioxílico a fim de detectar catecolamina intracitoplasmática. Na análise microscópica depois de 72 horas, as células do G1 se apresentaram inalteradas, G2 apresentaram aspecto de neuroblastos e as do G3 características neuron-like, com várias ramificações partindo do corpo celular. Na imunofluorescência, as células do G1 não apresentaram marcação, G2 expressou positividade para MAP-2 e G3 para TH e MAP-2. O ensaio com ácido glioxílico revelou que as células do G3 possuíam catecolamina em seu citoplasma. Os resultados indicam que bmMSCs de ratos também são suscetíveis a diferenciação in vitro em células neuron-like catecolaminérgicas após tratadas com CoCl2 e Y-27632. Portanto, considerando esses resultados juntamente com o que é descrito pela literatura é provável que a catecolamina presente no citoplasma das células neuron – like diferenciadas seja a dopamina.