Avaliação dos podócitos nas diferentes classes da Nefrite Lúpica
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1830 |
Resumo: | Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica autoimune caracterizada por produção de autoanticorpos em resposta a presença de autoantígeno, o que resulta na formação de imunocomplexos (IC). Uma das manifestações mais grave do LES é a Nefrite Lúpica (NL), uma glomerulonefrite resultante da deposição de IC circulantes ou formados in situ nos glomérulos. Morfologicamente o diagnóstico da NL é estabelecido por meio da biópsia renal, pela classificação histopatológica da Sociedade Internacional de Nefrologia/Sociedade de Patologia Renal, onde a doença é dividida em 6 classes histopatológicas e também é avaliada sua atividade e cronicidade de maneira semiquantitativa, sendo a pontuação total de 24 para o índice de atividade e 12 para o índice de cronicidade. Clinicamente a NL pode cursar com síndrome nefrótica ocasionada por alteração da barreira de filtração glomerular (BFG) que é formada pelos podócitos, que são células epiteliais viscerais, a membrana basal glomerular e as células do endotélio fenestrado. A patogênese da NL envolve complexas interações entre depósitos de imunocomplexos, citocinas inflamatórias e a resposta imunológica, afetando diretamente os podócitos. Portanto, pesquisas relacionadas aos podócitos podem detalhar mecanismos envolvidos na patogênese da NL, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas mais eficazes e específicas Objetivos: Avaliar os podócitos nas diferentes classes da NL em biópsias renais realizadas pelo Centro de Pesquisa em Rim (CePRim), da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Métodos: Foi realizada a quantificação dos podócitos por imuno-histoquímica com WT1 para análise da densidade de podócitos e foi mensurado a largura dos pedicelos por meio de microscopia eletrônica de transmissão para avaliação do apagamento dos pedicelos. Foram selecionados 20 casos controles e 29 casos de biópsia renal com diagnóstico de NL, divididos de acordo com as classes histopatológicas da doença e de acordo com os depósitos encontrados na imunofluorescência, sendo os grupos IgG+IgM+C1q+C3 e Ful-House (IgA+IgG+IgM+C1q+C3). Resultados: A densidade dos podócitos foi menor no grupo NL em relação ao grupo controle e essa redução foi observada em todas as classes analisadas quando comparadas com o grupo controle. Observamos mais apagamento de pedicelos no grupo NL em relação ao grupo controle e houve mais apagamento nos grupos classes I/II e classe IV em comparação ao grupo controle. Comparando as classes, no grupo classe IV foi observado mais apagamento dos pedicelos em relação ao grupo classe III. Foi observado aumento nos níveis de proteinúria conforme a evolução das classes e o grupo classe IV apresentou maior nível de proteinúria em relação ao grupo classes I/II. Foi observada uma correlação forte, positiva e significativa entre o índice de atividade e o apagamento de pedicelos no grupo classe IV. Foi observado uma redução da densidade de podócitos nos grupos IgG+IgM+C1q+C3 e Ful-House, e maior apagamento dos pedicelos nesses grupos em relação ao grupo controle. Conclusão: A evolução das classes da Nefrite Lúpica tem relação com a redução de podócitos e apagamento dos pedicelos. Os podócitos têm papel importante no desenvolvimento da Nefrite Lúpica, especialmente na classe IV. Essa classe apresenta mais apagamento dos pedicelos e essa lesão tem relação com a atividade da doença. |