Perfil de citocinas na secreção endocervical e no soro periférico de pacientes com lesões precursoras e câncer cervical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ROSA, Mara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/656
Resumo: A evolução do câncer cervical, na maioria dos casos, se dá de forma lenta, passando por fases pré-clínicas detectáveis e curáveis. Como mediadores das respostas imunológica e inflamatória, as citocinas podem atuar de forma antagônica (inibindo o efeito de outra) e sinérgica (duas ou mais citocinas potencializando seus efeitos). Possuem, também, funções de crescimento e diferenciação de linfócitos (fase de ativação); ativação das células efetoras (imunidade inata e adquirida) e o desenvolvimento de células hematopoiéticas. O objetivo deste estudo foi comparar o perfil de citocinas (TGF-β, IL-4, IL-10, IL-2, IL-12, IFN-γ e TNF-α) no soro e na secreção endocervical de mulheres com lesão de baixo, lesão de alto grau e câncer cervical invasor. Foi avaliada, por ensaio imunoenzimático (ELISA), a presença dessas citocinas na secreção endocervical e no soro periférico de 100 mulheres com alterações no colo uterino, sendo 15 com câncer cervical invasivo, 45 com lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL) e 40 com lesão intraepitelial de alto grau (HSIL). Como análise estatística, foram realizados o teste de Mann Whitney, considerando o p≤0,05 como amostragem significante. Quanto ao perfil Treg (estudo da TGF-β), percebe-se dosagens de citocinas na secreção vaginal semelhante entre os três grupos estudados, enquanto que no soro periférico dosagem foi maior no grupo LSIL. Ao relacionar as citocinas do perfil Th2 (IL-4 e IL-10), houve aumento dessas citocinas na secreção endocervical de acordo com a progressão da doença. Já no soro periférico dessas mesmas citocinas houve uma concentração maior de IL-4 no grupo HSIL e uma concentração maior de IL-10 no câncer cervical. No estudo das citocinas do perfil Th1 (IL-2, IL-12, IFN-γ e TNF-α) tem-se um aumento na secreção endocervical de IL-2 e IL-12 no grupo com câncer cervical e o TNF-α teve seu aumento com a progressão da doença. Na dosagem dessas citocinas do perfil Th1 no soro periférico, a IL-2 mostrou-se maior concentração no grupo com câncer, já a IL-12, e o IFN-γ e o TNF-α estão em maior concentração no grupo LSIL, polarizando para um perfil Th1 com características antitumorais. Na análise da secreção endocervical, nota-se aumento de IL-4, IL-10 e TNF-α de acordo com a progressão da lesão, não encontrando um padrão de citocinas especificas para cada tipo de diagnóstico, ou seja, na secreção endocervical observa-se tanto um padrão Th1 quanto Th2 e essa dicotomia pode induzir à persistência da infeção e promover, assim, a progressão das lesões cervicais.