Avaliação das vias de sinalização do Interferon-alpha e do perfil de linfócitos T em pacientes com neoplasia intraepitelial cervical tratadas com Interferon-α 2b peguilado
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/776 |
Resumo: | Os Interferons são glicoproteínas secretoras induzíveis que têm efeitos imunomoduladores, antivirais, antiangiogênicos e antiproliferativos. Seu efeito antitumoral tem sido pesquisado em diferentes graus patológicos, sendo observado o desenvolvimento de mecanismos de escape da resposta imune, como a inibição de genes Interferon-estimulados. Esta pesquisa procura, portanto, elucidar a responsividade sistêmica à Alfapeguinterferona-2b em pacientes com Neoplasia Intraepitelial Cervical graus II e III e o perfil funcional de linfócitos T após o tratamento, a fim de melhor conhecer os mecanismos imunológicos envolvidos na regressão da lesão após imunoterapia. Objetivo: Este estudo tem como meta avaliar, sistemicamente e localmente, os receptores de Interferon-α e os fatores de transcrição T-bet, RORγT, STAT1 e IRF7 (envolvidos na ativação celular pela ligação do IFN-α ao seu receptor), bem como a produção endógena de IFN-α por linfócitos TCD3+, CD4+ ou CD8+, monócitos CD14+ no sangue periférico de pacientes com Neoplasia Intraepitelial Cervical tratadas com Alfapeguinterferona-2b. Método: Desenvolveu-se um estudo prospectivo, onde dezoito pacientes diagnosticadas com NIC II e NIC III foram incluídas no protocolo de tratamento com Alfapeguinterferona (injeções subcutâneas com 80 μg / 0,5 mL por semana, durante seis semanas). As células foram avaliadas por citometria de fluxo e PCR em tempo real e os dados analisados por teste de Kruskal-Wallis, Wilcoxon e ANOVA, sendo considerados p ≤ 0,05. Resultados: Oito pacientes que não obtiveram boa resposta ao tratamento apresentaram um aumento de linfócitos T CD4+ com IFNR1 e IFNR2 (p = 0,0336; p = 0,0165) quando comparadas às que responderam. Ao analisar linfócitos TCD8+, quando comparadas as etapas do tratamento com a regressão da lesão observou-se significante redução de IFNR1 (p=0,0391) e IRF7 (p=0,05) em pacientes que não obtiveram a regressão da lesão quando comparada a 3ª aplicação com a 6ª. Nas pacientes que obtiveram regressão da lesão houve uma queda da intensidade de fluorescência de IFN-α na 6ª aplicação (p=0,05). Observou-se o aumento na expressão local de RORγT em pacientes que não responderam ao tratamento, quando comparadas às que responderam (p = 0,01). Conclusão: A análise dos resultados mostra que no tratamento com Alfapeguinterferona há um aumento significativo da expressão local de RORγT em pacientes que não obtiveram regressão da lesão. Estas pacientes também apresentaram aumento de linfócitos TCD4+ marcados com IFNR1 e IFNR2. Estes dados sugerem que podem existir mecanismos de escape tumoral que impedem a eliminação da lesão pela imunomodulação por Alfapeguinterferona. |