Perfil antropométrico e metabólico, níveis séricos de irtaminas e estresse oxidativo de crianças e adolescentes com anemia falciforme
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/223 |
Resumo: | Introdução: A doença falciforme é uma enfermidade causada por uma mutação genética que leva a uma falcização dos eritrócitos dificultando a circulação sanguínea e provocando vaso-oclusão, fator determinante da origem da maioria dos sinais e sintomas da anemia falciforme. Estudos indicam que exista um déficit no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes com anemia falciforme e que este déficit está relacionado à disfunções endócrinas, ao baixo consumo alimentar, aos requerimentos energéticos aumentados e a baixa condição socioeconômica. Objetivo: Descrever e comparar perfil metabólico, nutricional, vitamínico e estresse oxidativo de crianças e adolescentes com e sem anemia falciforme. Métodos: Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa; transversal comparativo. A população foi composta por 33 crianças e adolescentes, com idade entre 3 e 18 anos, com anemia falciforme, em acompanhamento frequente no ambulatório do Hemocentro de Uberaba e 33 escolares saudáveis da cidade de Uberaba. Foi utilizado para avaliação sócioeconômica o Critério de Classificação Econômica Brasil. O método recordatório 24 horas foi aplicado para avaliação do padrão de ingestão habitual de alimentos. Foram analisadas medidas antropométricas, avaliação puberal de acordo com os critérios de Tanner e a composição corporal, por meio da impedância bioelétrica e Foram realizados os exames laboratoriais hemograma completo, ferro, ferritina, glicemia, colesterol total e frações e transaminases. Para avaliação de marcadores de inflamação e estresse oxidativo foram dosados PCR, malondialdeído (MDA). Para níveis séricos das vitaminas foram dosadas: vitaminas A, B12, C, E, D, β-caroteno e ácido fólico. Para análise dos níveis de vitamina D também foram dosados paratormônio, cálcio e fosfatase alcalina. A análise dos dados foi realizada no programa estatístico Statiscal Package for Social Sciences (SPSS) versão 16.0 FOR WINDOWS. Utilizou-se análise descritiva, medidas de centralidade e de dispersão, testes de correlação de variáveis e testes para comparação dos grupos. Resultados: Ao comparar os grupos com e sem anemia falciforme, observou-se que a maioria é da classe socioeconômica C, que crianças e adolescentes com anemia falciforme apresentaram peso e altura significativamente menores, níveis de triglicerídeos significativamente maiores e de colesterol significativamente menores do que as crianças e adolescentes do grupo de comparação. Os percentuais de adequação de dieta foram maiores no grupo com anemia falciforme, entretanto, a prevalência de deficiência das vitamina A, C, D e E foi significativamente maior neste grupo. Crianças e adolescentes com anemia falciforme apresentaram níveis de PCR e MDA significativamente maiores e níveis séricos das vitaminas antioxidantes C e E significativamente menores do que o grupo de comparação. Conclusão: Diante das comparações realizadas, pode-se afirmar que a deficiência de vitaminas prevalente nos indivíduos com anemia falciforme não ocorreram somente devido à nutrição deficiente, mas também devido às peculiaridades metabólicas provocadas pela doença, como um elevado gasto energético e de nutrientes. A deficiência de vitaminas A, E e betacaroteno e níveis elevados de PCR e MDA em grande parte dos pacientes com anemia falciforme deste estudo demonstram um prejuízo da defesa antioxidante e um elevado estresse oxidativo nesta população. |