Avaliação do Desenvolvimento Físico e Idade de Início da Puberdade em Crianças Normais na cidade de Uberaba
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/774 |
Resumo: | Trata-se de um estudo transversal realizado na cidade de Uberaba no período de fevereiro de 2012 a setembro de 2013. O objetivo da pesquisa foi conhecer a adequação do desenvolvimento físico e puberal dos participantes, idade de início da puberdade em ambos os sexos e idade da menarca nas meninas, possíveis correlações e associações dos eventos puberais entre si e entre variáveis individuais, incluindo as relacionadas aos pais e mães dos participantes e verificar a validação do instrumento utilizado para estadiar a puberdade. Foi avaliada uma amostra de 1095 escolares constituída por 665 (60,7%) meninas e 430 meninos. Obteve-se o peso, a altura e medida de 6 pregas cutâneas através do exame físico. A classificação do estádio puberal foi realizada pela autoavaliação feita pelos participantes ou seus responsáveis através do uso de fotografias dos estádios sugeridos por Marshall e Tanner para pelos, mamas e genitais e medida dos testículos com orquidômetro em anel adaptado. A validade da autoavaliação foi medida pela comparação com o exame físico realizado por endocrinologista experiente em 35 meninas e 37 meninos participantes do estudo. Os índices de concordância de Kappa ponderado entre sujeitos e examinador encontrados foram nos meninos 0,817 para pelos, 0,533 para genitais e 0,495 para o orquidômetro e nas meninas 0,610 para mamas e 0,772 para pelos, tendo sido encontrada significância estatística para todos os valores mencionados (p<0,05). Quanto ao desenvolvimento físico foi encontrada prevalência de sobrepeso e obesidade em 33,8 % dos meninos e 31,3% das meninas. A média da idade da telarca ocorreu aos 9,8 ± 1,4 anos e menarca 11,7 ± 1,3 anos. Considerando os percentis 2,5 e 97,5, 95% das participantes apresentaram o primeiro sinal de puberdade (telarca ou pubarca) no intervalo de 7 a 13 anos de idade. Entre os meninos a média de idade encontrada ao estádio G2 foi de 11,2 ± 1,8 e idade da pubarca, de 11,0 ± 1,6, sendo que 95% deles apresentaram este evento no período de 8,0 a 14,0 anos e idade ao estádio G2 entre 9,2 e 13,4 anos. A presença de obesidade foi associada ao início precoce de pelos, mamas e menarca antes dos 10 anos de idade. Encontraram-se correlações positivas dos eventos puberais entre si e entre idade da pubarca em pais e mães e menarca das mães no grupo de meninas. Entre os meninos, as mesmas correlações foram encontradas, exceto em relação à pubarca dos seus pais. No entanto, a idade dos eventos puberais relatados nos progenitores foi maior do que a idade dos mesmos nos filhos e filhas, apesar de z escore para altura não apresentar diferença entre as gerações quando considerado o último estádio da puberdade dos participantes de ambos os sexos. Os resultados encontrados nesta pesquisa indicam uma tendência secular à diminuição da idade da menarca e início mais cedo da puberdade,9 especialmente no grupo de meninas. Não houve tendência secular a aumento de estatura de acordo com comparações entre pais e filhos, mas encontrou-se alta prevalência de excesso de peso, fator possivelmente associado ao aparecimento dos eventos puberais mais cedo. O conhecimento destes parâmetros é de suma importância para a realização de políticas públicas que visem planos voltados para prevenção da diminuição da idade de início da puberdade bem como atenção quanto às suas consequências desde o risco de gravidez na adolescência e contaminação por doenças sexualmente transmissíveis em uma idade de tamanha vulnerabilidade até a maior probabilidade de câncer do sistema reprodutivo, distúrbios psicossociais e alterações metabólicas. |