Espiritualidade e saúde: percepção dos idosos em situação de hospitalização e inseridos em centro de convivência
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Enfermagem Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1185 |
Resumo: | O envelhecimento populacional é uma realidade atual nos diferentes países. Com isso, o aumento da população idosa tornou-se tema de debate entre pesquisadores, gestores sociais e políticos. As situações vivenciadas no contexto hospitalar e em grupos de convivência podem produzir nos idosos, alterações físicas e mentais em diferentes níveis. Infere-se que a hospitalização pode trazer a vivência do sofrimento na dimensão biopsicossocial e espiritual podendo ser um gatilho para a aproximação e reflexão sobre a finitude e a importância da crença e esperança. Nesta vertente a participação em grupos de convivência favorece o desenvolvimento de sentimentos de pertencimento e os programas da terceira idade parecem contribuir para o status cognitivo e para a satisfação com a vida dos participantes. Dessa forma, este estudo objetivou descrever a percepção sobre espiritualidade e sua influência na saúde em idosos inseridos em um centro de convivência e em situação de hospitalização. Trata-se de um estudo qualitativo/quantitativo, de corte transversal. O estudo foi realizado em um Hospital de Clínicas do interior de Minas Gerais e em uma Unidade de Atenção ao Idoso (UAI). A população foi composta por idosos com 60 anos ou mais de ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada através da aplicação de quatro instrumentos: dados sociodemográficos; Mini Exame de Estado Mental (MEEM); entrevista Semiestruturada e Escala de Espiritualidade de Pinto e Pais Ribeiro. Para os dados qualitativos foi realizada análise através da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) e os dados quantitativos foram analisados pelo aplicativo Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 26.0, para processamento e análise estatística descritiva das variáveis nas quais estão apresentadas através de frequência absoluta e relativa. Participaram do estudo 261 idosos, dos quais 87 (33,33%) estavam inseridos na Unidade de Convivência e 174 (66,67%) hospitalizados, dos quais 59 estavam internados na Clínica médica e 115 na Clínica cirúrgica. A amostra foi composta por 112 (42,91%) mulheres e 149 (57,09%) homens. Do total de idosos houve a prevalência da faixa etária entre 60-69 anos 126 (48,27%), casados 124 (47,50%), possuem religião 225 (86,20%), renda de 1 salário mínimo 126 (48,27%), escolaridade 1 ├ 4 anos 106 (40,61%). Em relação aos dados qualitativos observou-se as ideias centrais e foram estabelecidas as categorias de análise: contemplação; desconhecimento; religiosidade como caminho para espiritualidade; espiritualidade como religião; fé/crença como apoio as necessidades de saúde; espiritualidade como fator não influenciador como da saúde e espiritualidade como subsídio para saúde. Em relação aos dados quantitativos 229 (87,73%) não apresentaram declínio cognitivo, houve maior prevalência do domínio crença entre os idosos em centro de convivência, quantos aos idosos em situação de hospitalização houve prevalência do domínio crença esperança/otimismo. Percebe-se pelos recortes dos discursos que os idosos mesmo não conseguindo estabelecer uma conceituação para espiritualidade, expressam a valorização da busca pelo sagrado, possibilitando a (re)construção do relacionamento consigo mesmo, com o outro e com Deus. A devoção, meditação e oração propiciam um ambiente de energias positivas nas quais podem servir como estimuladores para o manejo e enfrentamento das doenças. |