Avaliação de biomarcadores em pacientes com podocitopatias pediátricas
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde Brasil UFTM Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/650 |
Resumo: | Introdução: Doença de Lesões Mínimas (DLM) e Glomeruloesclerose Segmentar e Focal (GESF) são podocitopatias, um dos principais grupos de glomerulopatias da infância. Há controvérsias se são lesões glomerulares distintas ou manifestações diversas dentro do mesmo espectro de doenças, pois podem apresentar curso clínico semelhante e podem ter evoluções variadas, indo da remissão à falha terapêutica. O CD80, o uPAR e algumas proteínas do diafragma slit nos podócitos podem estar alterados no glomérulo de pacientes com GESF e DLM e podem funcionar como biomarcadores e/ou marcador de prognóstico dessas podocitopatias em biópsias renais. Objetivo: Avaliar o potencial diagnóstico de CD80, uPAR, nefrina e podocina para DLM e GESF na biópsia renal pediátrica, detectar o possível potencial prognóstico dos marcadores e avaliar a evolução clínica desses pacientes. Metodologia: Foram selecionadas biópsias renais de 50 crianças, de 2 a 18 anos, com diagnóstico de DLM (29) e GESF (21). O grupo controle foi composto por 15 casos de autópsias pediátricas, sem alteração da função renal. Foram avaliadas as expressões in situ de WT1, Nefrina, Podocina, CD80 e uPAR por meio da técnica de imunoperoxidase. Foi utilizada curva ROC para análise de desempenho diagnóstico dos biomarcadores. Foi avaliado também a evolução clínica e a terapia medicamentosa de 22 crianças, seis anos após o diagnóstico. Os biomarcadores foram avaliados em relação a evolução clínica. Resultado: Pacientes com DLM e GESF expressaram menos WT1 e nefrina na biópsia renal que pacientes do grupo controle (p≤0,0001; F=19,35 e p<0,0001; H=21,54). Pacientes com GESF expressaram menos nefrina e podocina que os casos controle (p<0,0359; H=6,655) e houve correlação positiva e significativa entre nefrina e podocina (p=0,0026; rS=0,6502). Não houve diferença entre os grupos, quanto a expressão de CD80 (p=0,1895; H=3,327). Casos de GESF expressaram mais uPAR que casos controle e DLM (p=0,0019; H=12,57). A podocina apresentou sensibilidade de 73,3% e especificidade de 86,7% (p=0,006) e uPAR teve sensibilidade de 78,9% e especificidade de 73,3% (p=0,004) nas biópsias de pacientes com GESF. A maioria dos pacientes apresentou algum grau de remissão do quadro inicial após o tratamento (64%). A expressão de uPAR no momento do diagnóstico foi significativamente maior entre os pacientes que evoluíram com resistência terapêutica em relação aos que evoluíram com remissão (p=0,04; t=0,2524). Conclusão: Podocina e uPAR são bons marcadores para GESF. Maior expressão de uPAR em casos de podocitopatias é fator preditor de resistência terapêutica. Esses achados sugerem que podocina e uPAR podem ser usados como biomarcadores na rotina da biópsia renal nos casos de podocitopatias em que alesão (esclerose) não for amostrada, e que o uPAR pode auxiliar na determinação do prognóstico desses pacientes. |