Avaliação do perfil de citocinas produzidas em infecções de cepas brasileiras de Trypanosoma cruzi em macrófagos intraperitoneais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: ROZA, Guilherme Augusto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical e Infectologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/123456789/1791
Resumo: A doença de Chagas (DC) é causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi e acomete cerca de 6 a 7 milhões de pessoas, principalmente na América Latina e ainda é considerada uma doença negligenciada. O T. cruzi possui três formas parasitárias, a amastigota, a epimastigota e as tripomastigotas (sanguínea-TCC e metacíclica-TMI), sendo essas últimas as responsáveis por infectar o ser humano. Este parasito possui grande variedade genética e são agrupados em Discrete Typing Units DTUs (TcI-TcVI) de acordo com similaridades genéticas. Esta infecção possui fase aguda e fase crônica, sendo esta com a presença das manifestações clínicas graves, como os megas (gástrico e/ou cardíaco). A resposta imune induzida frente ao parasito é essencial para definir essas manifestações, bem como controlar sua proliferação. Entretanto, esta resposta imune pode sofrer influência de vários fatores como: a cepa do parasito, forma infectante e fatores pré-dispostos pelo hospedeiro vertebrado. Desta forma, este estudo teve por objetivo avaliar a infecção em macrófagos peritoneais isolados de camundongos Balb/c e C57BL/6 com formas TCC e TMI obtidas das cepas AQ-4 e Hel de T. cruzi. Para isto, foram isolados macrófagos peritoneais de Balb/c e C57BL/6 e infetados in vitro com TCC e TMI das cepas AQ-4 e Hel. Após 4 horas e 24 horas de infecção, as produções de IL-10, IL-6, TNF-α foram avaliadas por ensaios de ELISA e NO determinado pela reação de Griess. Foi realizada também a determinação da DTU pertencente de cada cepa pela PCR-RFLP (Polymerase Chain Reaction-Restriction Fragments Length Polimorphims), tendo como alvo a TcSC5D. Os macrófagos isolados de camundongos pertencentes a linhagem Balb/c foram maiores indutores de IL-6, TNF- α e IL-10 quando comparado com os C57BL/6, em contrapartida, os macrófagos provenientes de C57 apresentaram maiores níveis de NO. A cepa AQ-4 apresentou maiores níveis de produção de TNF- α e de IL-10 e, a cepa Hel para IL-6 e NO. As formas TCC mostraram maior produção de citocinas pró-inflamatórias do que as metacíclicas. Este estudo nos permitiu compreender sobre o início da resposta imune frente a diferentes cepas de T. cruzi isoladas no Brasil.