Conhecimento dos profissionais da equipe de enfermagem de um hospital de ensino de Minas Gerais sobre hemotransfusão.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Tavares, Jordânia Lumênia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações
BR
UFTM
Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/121
Resumo: A equipe de enfermagem desempenha papel fundamental na segurança transfusional e deve estar adequadamente preparada, buscando reduzir as distâncias entre a prática e o conhecimento disponível, para que sejam diminuídos os riscos à saúde. Este estudo objetivou analisar o conhecimento dos profissionais da equipe de enfermagem sobre a instalação de hemocomponente, identificação de reação transfusional e condutas a serem adotadas frente à reação transfusional. Trata-se de um estudo observacional, transversal e com abordagem quantitativa dos dados. A amostra foi constituída por 209 profissionais da equipe de enfermagem. A pesquisa foi realizada em um hospital público, geral, de ensino, de grande porte e que oferece atendimento de alta complexidade. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro sob o Parecer n° 2434. Os dados foram coletados utilizando um instrumento de coleta de dados constituído por questões relacionadas aos aspectos sociodemográficos, profissionais, da instituição e sobre hemotransfusão. Os dados foram analisados utilizando-se o programa estatístico Statistical Package for Social Sciences. As variáveis qualitativas foram analisadas segundo estatística descritiva, e, para as variáveis quantitativas, foram utilizadas medidas descritivas de centralidade e de dispersão. Para o cálculo do escore de conhecimento, utilizou-se uma fórmula na qual o número de itens respondidos corretamente foi dividido pelo número total de itens e multiplicado por cem. Na análise bivariada, foram utilizados o Teste t de Student, análise de variância (ANOVA) e correlação de Pearson. Foram consideradas associações estatisticamente significativas aquelas com p ≤ 0,01. Os profissionais da equipe de enfermagem eram, em sua maioria (81,8%), do sexo feminino, com média de idade de 38,2 anos. Predominou a categoria profissional técnico de enfermagem (69,8%), a maioria (51,7%) obteve sua formação em instituição pública, e o vínculo institucional prevalente foi com a Fundação de Ensino e Pesquisa de Uberaba (52,6%). A maioria (78,9%) possuía somente um vínculo empregatício. Os profissionais referiram administrar hemotransfusão 4,3 vezes/mês. A maioria (88,0%) referiu ter recebido treinamento ou orientação para a administração de hemotransfusão; 60,3% referiu ter participado de algum programa de capacitação específico para hemotransfusão; 27,8% possuía pós-graduação. A maioria dos profissionais (73,2%) referiu adotar em sua prática transfusional o Manual de Procedimento Operacional Padrão e o Plano de Intervenções de Enfermagem da Instituição como norma e/ou diretriz. A maioria (92,8%) referiu sentir-se segura para a realização do processo transfusional. As unidades que tiveram o maior número de profissionais entrevistados foram as Unidades de Terapia Intensiva (25,8%) e as Unidades de Internação Adulto (26,8%). A média de escore geral foi de 52,7%. O escore médio, no domínio referente à etapa pré-transfusional, foi de 53,4%; no domínio referente ao ato transfusional foi de 51,2%, e no domínio referente às complicações imediatas foi de 62,7%. Os fatores relacionados ao conhecimento sobre hemotransfusão foram a categoria profissional e receber treinamento e/ou orientação para a realização do processo transfusional. Com este estudo, foi possível fornecer um diagnóstico para a identificação das principais dificuldades dos profissionais com relação às etapas do processo transfusional. Identificou-se a necessidade de intervenções como educação continuada e permanente, bem como o treinamento periódico dos profissionais da equipe de enfermagem sobre a atuação nesta prática.