Qualidade de vida dos enfermeiros das equipes de Saúde da Família
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Atenção à Saúde das Populações BR UFTM Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Atenção à Saúde |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://localhost:8080/tede/handle/tede/133 |
Resumo: | O enfermeiro destaca-se no movimento de reordenação do modelo de atenção àsaúde pela significativa responsabilidade nas diversas ações desenvolvidas na comunidade e na equipe de saúde, influenciando diretamente o processo de implementação da Estratégia Saúde da Família (ESF) e seus resultados. É importante conhecer os fatores associados a Qualidade de Vida (QV) desses profissionais que podem gerar comprometimento das atribuições no trabalho. Este estudo teve por objetivo descrever o perfil e a QV dos enfermeiros que compõe as equipes saúde da família, identificando os fatores associados. Trata-se de um estudo transversal realizado com 90 enfermeiros da ESF dos 27 municípios da Macrorregião de Saúde do Triângulo Sul, entre maio e julho 2007. Os participantes responderam um instrumento contendo variáveis sócio-demográficas e profissionais e outro para avaliação da QV, WHOQOL-100. Os enfermeiros pesquisados eram majoritariamente adultos jovens com média de idade de 28,6 anos, do sexo feminino (92,2%), solteiros (57,8%), especialistas (60%), cursavam atualização (62,2%) e alegavam bom estado de saúde (92,2%). Apresentavam vínculo empregatício único (64,8%) com contratação por tempo determinado (62,9%), com carga horária de trabalho de oito horas (92,1%), renda entre quatro e oito salários mínimos (83,3%) e referiram satisfação com o trabalho (61,8%). Os escores do WHOQOL-100 evidenciaram médias maiores para os domínios Independência (17,0), Espiritualidade (16,8) e Relações sociais (16,2); e médias menores para os domínios Psicológico (15,4), Ambiente (14,2) e Físico (14,1). Quanto a QV Geral obteve-se escore médio de 16,7 traduzindo uma QV satisfatória. Os resultados indicam que a população casada/amasiada obteve maiores escores de QV que os solteiros nosdomínios Psicológico (p=0,013), Independência (p=0,021), Relações Sociais (p=0,000) e Ambiente (p=0,022). Indivíduos que declararam saúde debilitada apresentaram menores escores nos domínios Físico (p=0,000), Psicológico (p=0,002) e Independência (p=0,000). Os contratados por tempo indeterminado ou que possuíam cargo comissionado apresentaram pior escore comparados aos concursados no domínio Espiritualidade (p=0,017). Profissionais com oito horas diárias de trabalho apresentaram maiores escores comparados aos que trabalham doze nos domínios Psicológico (p=0,012) e Independência (p=0,022). O grupo insatisfeito com o trabalho obteve menores escores comparados aos declarados satisfeitos nos domínios Físico (p=0,008), Psicológico (p=0,000), Independência (p=0,015), Relações Sociais (p=0,000) e Ambiente (p=0,000). Não houve diferenças significativas quando comparados os sexos, faixas etárias, níveis de escolaridade, número de vínculos empregatícios e níveis salariais. Os resultados mostraram que apesar dos trabalhadores terem apresentado QV satisfatória observou-se que não possuir companheiro(a), ter saúde fraca, ser contratado por tempo indeterminado ou possuir cargo comissionado, trabalhar mais de oito horas diárias e estar insatisfeito com o trabalho trazem prejuízos à QV, afetando a maioria dos domínios. Conhecer a QV dos enfermeiros identificando os seus fatores associados fornece parâmetros para a implementação de mudanças nas condições de vida e na prática do trabalho em saúde reduzindo a distância entre as expectativas pessoais e a realidade de trabalho desses profissionais, além de subsidiar a (re)definição de políticas públicas específicas a estes profissionais no desempenho de suas funções. Ações que contribuam no desenvolvimento da QV dos enfermeiros são importantes considerando sua forte influência na qualidade da assistência prestada. |