Terapia celular com células mononucleares de medula óssea cultivados em meio basal de endotélio na hipertensão arterial sistêmica em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: LOPES, Carolina Salomão
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Instituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Medicina
Brasil
UFTM
Curso de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas - Parasitologia, Imunologia e Microbiologia
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/333
Resumo: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é definida pela pressão sistólica≥140mmHg e pressão diastólica≥90mmHg, afetando 1/5 da população mundial sendo um grande problema de saúde mundial. Inúmeros avanços têm sido realizados para o entendimento das bases fisiopatológicas desta síndrome. No entanto falta muito ainda por ser investigado para se conhecer bem a patogênese da hipertensão arterial, reconhecidamente de origem multifatorial. Apesar dos avanços farmacológicos, a HAS não apresenta cura definitiva. O presente trabalho foi realizado com objetivo de investigar os efeitos do transplante de células mononucleares cultivadas em meio basal de endotélio sobre os níveis pressóricos, como uma possível estratégia terapêutica. Células mononucleares (MNC) de medula óssea foram extraidas da tíbia e fêmur de 16 ratos espontaneamente hipertensos (SHR) machos de 16 semanas e em seguida plaqueadas em placas de cultura recobertas com fibronectina e cultivadas em meio basal de endotélio suplementado com fatores de crescimento por duas semanas. Fibroblastos, usados como células controle, foram extraídos da pele dos mesmos animais utilizados na extração das MNC. Células mononucleares cultivadas em meio basal de endotélio (n=14) ou fibroblastos (n=11) marcados com CM-Dil celltracker foram injetados intravenosamente (1 x 106celúlas/rato, i.v.) em fêmeas SHR de 16 semanas de idade. Fêmeas SHR (grupo controle; n=14) pareados por idade receberam veículo. A pressão arterial indireta foi analisada antes e após o transplante pelo método de pletismografia da cauda. No 15° dia pós-transplante, os animais foram anestesiados e canulados e após 24 h fez-se o registro direto de pressão arterial por 1 hora (freqüência de amostragem de 1000Hz). A partir do sinal de pressão arterial direta séries temporais de pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD) e intervalo de pulso (IP) foram avaliadas por analise espectral autorregressiva mono e bivariada. Ao final, sob anestesia, a função endotelial sistêmica foi avaliada em cada animal medindo-se as respostas vasodepressoras à acetilcolina e nitroprussiato de sódio. Os resultados do presente trabalho não demonstrou diferença significativa entre os grupos em relação a pressão arterial média (151.12±4.58mmHg no grupo transplantado MNC; 151.82.±4.23mmHg no grupo dos fibroblastos e 146.83±3.91mmHg no grupo controle, p=não significativo) e nem entre os parâmetros espectrais. A freqüência cardíaca dos animais transplantados com fibroblastos foi menor quando comparada aos demais grupos (340.33±10.67bpm grupo fibroblasto;*# 369.96±4.57bpm no grupo tratado MNC e 374.47±5.55bpm no grupo controle, p<0,05 * fibroblasto versus salina e #fibroblasto versus MNC). A sensibilidade barorreflexa espontânea quantificada pela análise espectral bivariada demonstrou melhora no grupo dos fibroblastos (0.85±0.04ms/mmHg grupo fibroblasto;# 0.46±0.03ms/mmHg no grupo controle e 0.41±0.04ms/mmHg no grupo tratado com MNC, p<0,05 #fibroblasto versus MNC). Entretanto, a função endotelial sistêmica não diferiu entre os grupos experimentais. Estes resultados indicam que células mononucleares de medula óssea cultivadas em meio basal de endotélio com propriedades funcionais de células endoteliais não apresentam capacidade efetiva de reduzir a pressão arterial e a freqüência cardíaca em SHR. Por outro lado, fibroblastos foram capazes de melhorar a freqüência cardíaca e a sensibilidade barorreflexa dos animais hipertensos.